Descrição de chapéu Banco do Brasil

'Estou muito feliz; não se trata de dinheiro', diz CEO do BB após ter aumento negado

Conselho do banco sugeriu aumento de 57%, o que elevaria a remuneração da executiva para R$ 117 mil

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São Paulo

Depois de ter um aumento salarial negado mais uma vez, a presidente do Banco do Brasil diz não se incomodar. "Não se trata de dinheiro. Estou nessa empresa há 24 anos e trabalho com muita alegria todos os dias", disse Tarciana Medeiros em entrevista a jornalistas para comentar o balanço do banco estatal do primeiro trimestre deste ano, nesta quinta-feira (9), em São Paulo.

No fim de abril, o conselho de administração do banco propôs aos acionistas um aumento de 56,69% no salário da executiva, o que elevaria sua remuneração de R$ 74.972 para R$ 117.470.

Desde 2016, a assembleia geral de acionistas veta o aumento acima da inflação requerido pelos conselheiros para aproximar a remuneração fixa dos altos executivos à adotada pelos pares privados. No Santander, por exemplo, o montante deliberado como remuneração global do conselho de administração e da diretoria executiva é de até R$ 500 milhões por ano, abrangendo remuneração fixa, variável e baseada em ações para o período de janeiro a dezembro de 2023.

Retrato de Tarciana Medeiros
Tarciana Paula Gomes Medeiros, funcionária de carreira do Banco do Brasil, assumiu a presidência da instituição em 2023, indicada por Lula - Divulgação/BB

"Neste ano, especialmente, [o pedido de aumento] fez tanto barulho. Mas, historicamente, o conselho de administração tem tido um olhar muito direcionado à remuneração dos estatutários do banco para que a gente tenha diligência na gestão", afirmou Medeiros.

Segundo a executiva, a diretoria do banco tem aumentos de salário compatíveis com o dos servidores públicos federais.

"Há uma discussão do conselho de administração, de forma dirigente, sobre se o Banco do Brasil, que é uma empresa que gera resultados, tem que seguir o mesmo modelo de remuneração das demais empresas estatais", completou a CEO.

Na quarta (8), o BB anunciou que lucrou R$ 9,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 8,8% ante o mesmo período de 2023, mas uma queda de 1,5% em relação aos últimos três meses do ano passado. O resultado é melhor que os R$ 9,129 bilhões esperados por analistas consultados pela Bloomberg.

O RSPL (retorno sobre o patrimônio líquido, também conhecido como ROE), que mede a rentabilidade do banco, ficou em 21,7%, alta anual de 0,67 ponto percentual e queda trimestral de 0,86 ponto percentual.

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