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Disney em modo corte de custos, acordo do iFood com o Cade e o que importa no mercado

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Disney começa a cortar na carne

O CEO da Disney, Bob Iger, que reassumiu a companhia recentemente com a missão de reduzir custos, anunciou nesta quarta (8) sua primeira grande ação nesse sentido.

A companhia irá cortar 7.000 empregos, ou cerca de 3% do pessoal, como parte de uma ampla reestruturação que, segundo ele, pode economizar US$ 5,5 bilhões nos próximos anos.

  • As ações da Disney subiram 5% nas negociações após o anúncio.

Relembre: Iger assumiu em novembro do ano passado após uma troca inesperada no comando da companhia, com a demissão de Bob Chapek.

  • A gestão do antigo executivo ficou marcada pelos recursos gastos para assumir a liderança do setor de streaming, que totalizaram um prejuízo de US$ 1,5 bilhão em um só trimestre.

Agora, Iger, que assumiu para estancar essa sangria, superou as estimativas da companhia e diminuiu o prejuízo em cerca de US$ 400 milhões, o dobro do que era esperado.

Bob Iger, CEO da Disney que reassumiu o cargo em novembro com a missão de cortar custos - Kena Betancur - 25.set.2019/AFP


Em números: a receita da Disney no último trimestre de 2022 aumentou em 8%, para US$ 23,5 bilhões, e o lucro líquido aumentou 11%, para US$ 1,3 bilhão, acima das expectativas dos analistas.

  • O principal serviço de streaming da companhia, o Disney+, perdeu cerca de 2,4 milhões de assinantes no trimestre. Ao considerar os outros canais da empresa –ESPN+ e Hulu–, o número de assinantes ficou estável em 235 milhões.
  • A Netflix encerrou 2022 praticamente colada, com 230 milhões de usuários.

Google despenca com erro do 'Bard'

O Google disse em um evento nesta quarta que, em breve, adicionará recursos de IA (inteligência artificial) generativa nos resultados de busca e no Maps.

Entenda: a companhia citou como exemplo a possibilidade de fazer pesquisas com imagens para que um usuário possa identificar um ponto de referência local.

  • Outro plano é gerar respostas textuais longas para consultas complexas sem uma única resposta correta.

Sim, mas… Na terça, quando o Google anunciou o "Bard", seu chatbot para competir com o ChatGPT, o que mais chamou atenção foi um erro percebido pelos usuários numa demonstração exibida pela própria big tech.

  • O robô afirma que o telescópio James Webb capturou as primeiras imagens de planetas fora do sistema solar, mas uma busca no Google leva a um link no site da Nasa que mostra que as primeiras fotos de exoplanetas foram tiradas pelo telescópio terrestre europeu VLT.
  • Um erro como esse ajuda a explicar por que os projetos de IA generativa das grandes big techs andavam em passos lentos até serem apressados pelo sucesso do ChatGPT, da startup OpenAI.

Reação negativa: os anúncios pouco empolgantes desta quarta e a falha do Bard repercutiram nas ações da Alphabet (dona do Google), que despencaram 7,4% nesta quarta.

Interface do Bard, chatbot anunciado pelo Google nesta segunda (6). Foto mostra pergunta feita ao Bard sobre feitos do telescópio James Webb - Reprodução/Google


Guerra de gigantes: o acúmulo de anúncios do Google acontece na mesma semana em que a Microsoft integrou uma versão melhorada do ChatGPT ao seu motor de buscas Bing, maior rival da ferramenta da Alphabet.

  • A nova versão do buscador promete respostas mais completas. Segundo a empresa, o Bing será capaz que vasculhar a internet para encontrar e resumir a pesquisa do usuário.

Marisa tomba após comunicado

As ações da varejista de moda Marisa caíram 6% nesta quarta depois de a companhia ter comunicado ao mercado a renúncia do CEO Adalberto Pereira Santos e a contratação do BR Partners e da Galeazzi Associados para assessoria financeira.

  • A primeira será responsável por ajudá-la na renegociação de dívidas, enquanto a Galeazzi terá papel no "aperfeiçoamento da estrutura de custos".

Entenda: além da troca do comando da companhia, a contratação do BR Partners acionou um alerta entre investidores devido ao momento atual, de juros altos —que dificultam a gestão da dívida— e crédito estressado pela crise da Americanas.

  • A Marisa não é a primeira a contratar uma assessoria para renegociar sua dívida diante desse cenário. Recentemente, a empresa de turismo CVC e a distribuidora de energia Light –que vive seu "inferno astral" particular– também fizeram isso.

Em números: a Marisa somava uma dívida líquida ajustada de R$ 566,1 milhões no terceiro trimestre do ano passado, período em que registrou prejuízo de R$ 97,5 milhões.

Troca de comando: a varejista terá seu terceiro presidente em menos de um ano. Em março do ano passado, Marcelo Pimental deixou a companhia para assumir o Grupo Pão de Açúcar.

  • Agora, Adalberto Pereira Santos dará lugar a Alberto Kohn de Penhas, vice-presidente comercial que vai assumir a chefia da varejista de moda de forma interina.

Marcio Goldfarb, filho do fundador da varejista e que tem um cargo no conselho, tornou-se réu na CVM em dezembro do ano passado também por ter comprado ações a menos de 15 dias da divulgação do balanço.

A Marisa afirma que prestou informações e esclarecimentos à CVM sobre as negociações de ações.


iFood chega a acordo com Cade

O iFood chegou a um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre seus contratos de exclusividade com restaurantes.

  • O inquérito estava em andamento desde 2020, quando o Rappi entrou com um processo no órgão antitruste e foi seguido por Abrasel (associação de bares e restaurantes), 99Food e UberEats --que abandonaram o serviço de entregas.

Pelo acordo, o iFood, líder disparado do setor no país, não poderá fechar contratos de exclusividade com marcas que tenham 30 ou mais estabelecimentos.

  • Novos contratos também deverão ter duração limitada a dois anos. Depois desse intervalo, valerá uma espécie de "quarentena de exclusividade" com duração de um ano.
  • O volume de negócios do iFood em contratos de exclusividade não pode ultrapassar 25% do total da operação no país.

O iFood disse que, com o acordo, o Cade reconhece a legalidade da prática de exclusividade com os restaurantes, que recebem, em troca, investimentos do aplicativo e condições comerciais diferenciadas.

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