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Lula diz que não vai abrir mão de compras governamentais no acordo com UE

Presidente deu entrevista ao lado do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que faz visita oficial ao Brasil

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Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (29) que tem um "problema" para ser resolvido dentro do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O mandatário brasileiro ainda afirmou que não vai abrir das compras governamentais, um dos itens de disputa com os europeus.

Lula recebeu na manhã desta segunda-feira (29) o ditador venezuelano Nicolás Maduro no Palácio do Planalto, em uma visita oficial que foi anunciada de última hora.

Os dois mandatários fizeram uma declaração conjunta após a série de reuniões e atos de assinaturas de convênios, a qual o brasileiro deu uma guinada e adotou um discurso contra as potências ocidentais.

Lula recebe o venezuelano Nicolás Maduro no Palácio do Planalto - Gabriela Biló/Folhapress

"Eu vou dar um exemplo: nós temos um problema no acordo com a União Europeia, que eu quero fazer. Se tem uma pessoa que quer fechar o acordo com a União Europeia sou eu. Agora é o seguinte, nós fizemos uma reunião na indústria, na Federação da Fiesp na sexta-feira, à noite, E aqueles empresários sabem que tem uma coisa que o Brasil não pode entregar, que são as compras governamentais", afirmou Lula

"Se a gente entregar as compras governamentais, o que vai sobrar para a pequena e média brasileira? O que vai sobrar para uma economia pujante de pequenas e médias empresas? Nada".

O presidente deu a declaração após ser questionado e discorrer sobre a necessidade de uma maior integração na América do Sul, para que os países da região tenham força para negociar.

A questão das compras governamentais está sendo um alvo de pressão do governo brasileiro, após a União Europeia aumentar as duas demandas para um compromisso ambiental mais rigoroso.

Em janeiro, durante visita do primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, Lula disse que o texto precisa passar por mudanças.

O acordo prevê que, ao assumir compromissos em relação aos mercados de compras públicas, União Europeia e Mercosul garantam maior concorrência e acesso nas licitações domésticas. Também estabelece que os fornecedores de bens e serviços de cada lado serão tratados como se fossem domésticos nas licitações realizadas pela contraparte.

Esse é um tema visto como crucial para o Brasil por corresponder a uma parcela significativa do PIB (Produto Interno Bruto) do país e por ser o mecanismo pelo qual o governo pode exercer suas políticas públicas para cumprir objetivos de desenvolvimento e redução de desigualdades.

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