Siga a folha

Japão pode acabar com juros negativos, diz presidente do Banco Central

Declarações dadas por Kazuo Ueda levam iene a se valorizar nesta segunda-feira

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Tóquio | Reuters

O presidente do Banco Central do Japão, Kazuo Ueda, afirmou que a instituição pode encerrar a política de taxas de juros negativas caso a meta de inflação de 2% esteja próxima.

"Uma vez convencidos de que o Japão verá aumentos sustentados na inflação acompanhados pelo crescimento dos salários, existem várias opções que podemos tomar", disse Ueda em entrevista ao jornal Yomiuri publicada nesse sábado (9).

Kazuo Ueda diz que Banco Central do Japão pode acabar com taxa de juros negativa - Kim Kyung-Hoon/Reuters

De acordo com Ueda, o Banco Central do Japão poderá ter dados suficientes até o final do ano para determinar se acaba com as taxas negativas.

A economia japonesa vem se recuperando e cresceu 1,5% no segundo trimestre, muito acima da mediana das estimativas de 0,8% em uma pesquisa da Reuters e levando o PIB (Produto Interno Bruto) a um recorde.

Foi a expansão mais rápida desde o último trimestre de 2020 após crescimento revisado de 3,7% entre janeiro e março.

Em reação à declaração de Ueda, o iene subiu 0,67% nesta segunda-feira (11) frente ao dólar, terminando cotado a 146,85 ienes por dólar. A moeda japonesa chegou a valorizar mais de 1% durante a sessão, atingindo seu nível mais alto desde 1º de setembro.

O iene tem sido pressionado em relação ao dólar como resultado do aumento das diferenças nas taxas de juros com os Estados Unidos desde que o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) iniciou seu ciclo agressivo de aumento de taxas no ano passado, enquanto o BOJ permanece como uma exceção cautelosa.

"Parece que os comentários de Ueda tinham a intenção de deter a queda do iene em relação ao dólar", afirmou Takehiko Masuzawa, chefe de negociação na Phillip Securities Japan. "Seus comentários estão funcionando quase da mesma forma que uma intervenção governamental."

Desde que o iene enfraqueceu além do limite de 145 por dólar no mês passado, os investidores estão em alerta para qualquer sinal de possível intervenção do Japão para fortalecer a moeda. Há um ano, esse nível provocou a primeira intervenção de compra de ienes pelas autoridades desde 1998.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas