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Descrição de chapéu natura

Natura fica a um passo de vender The Body Shop

Marca criada pela ativista inglesa Anita Roddick em 1976 está sendo negociada com a gestora alemã Aurelius Group

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São Paulo

A multinacional brasileira Natura&Co informou nesta segunda-feira (30), em fato relevante, que fechou um acordo de exclusividade com a gestora de investimentos alemã Aurelius Investment para uma potencial venda da The Body Shop (TBS).

Há dois meses, a Natura já havia anunciado que avaliava a venda da marca britânica, fundada pela ativista Anita Roddick em 1976, que levantou como bandeiras o fim dos testes de cosméticos em animais e a defesa do meio ambiente. A marca tem cerca de 2,8 mil lojas em mais de 70 países, vendendo produtos para cabelo, rosto, corpo e maquiagem.

"Os termos e condições de venda potencial estão sendo negociados e não há garantia de que a operação será concluída", afirmou a Natura&Co no comunicado.

Jovem prova cosméticos em loja da The Body Shop, da Natura. - Gabriel Cabral/Folhapress

O Aurelius se apresenta como um grupo "focado na criação de valor através da melhoria operacional de empresas com potencial de desenvolvimento". Com escritórios na Alemanha e no Reino Unido, a instituição afirma em seu site já ter feito investimentos em mais de 100 empresas de "diversas geografias, indústrias e setores" e possui recursos de caixa líquidos para investimentos de mais de £ 200 milhões (R$ 1,2 bilhão).

Na avaliação da Natura&Co, a The Body Shop –que já foi ícone de cosméticos sustentáveis, com uma postura ativista sobre o consumo de produtos de beleza–, envelheceu e precisa ser repaginada. Mas a multinacional brasileira não quer ser responsável por este trabalho. Depois de um forte movimento de expansão, a multinacional brasileira está procurando se concentrar nas suas duas grandes marcas – Natura e Avon.

A The Body Shop, que passou às mãos da L'Oréal em 2006, foi vendida para a Natura em 2017. Em abril, a L'Oréal comprou a australiana Aesop da brasileira por US$ 2,53 bilhões (R$ 12,7 bilhões). À época, o presidenta da Natura&Co, Fabio Barbosa, disse que o negócio teve o objetivo de "desalavancar" a companhia, que estava com alto nível de endividamento.

Segundo Barbosa, a Aesop estava em um momento de expansão no mercado asiático e era preciso fazer maiores investimentos, mas a Natura não tinha capital disponível.

A Natura&Coapresentou prejuízo líquido de R$ 732 milhões no segundo trimestre deste ano, um recuo de 4,6% em relação ao prejuízo do mesmo período de 2022. A receita líquida consolidada caiu 4,1%, para R$ 7,8 bilhões no intervalo.

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