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Praias da Itália enfrentam ameaça de greve de aluguel de espreguiçadeiras

Empresas costeiras ameaçam parar de trabalhar por parte de agosto para proteger suas concessões lucrativas

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Amy Kazmin Giuliana Ricozzi
Roma (Itália) | Financial Times

Os italianos que pretendem ir à praia nas próximas semanas podem enfrentar dificuldades, à medida que empresas de aluguel de espreguiçadeiras ameaçam entrar em greve depois de serem forçadas a abrir mão de suas concessões lucrativas.

Duas associações do setor afirmaram que planejam fechar seus estabelecimentos e as sombrinhas alugadas por entre duas e quatro horas em vários dias de agosto para aumentar a pressão sobre o governo de Giorgia Meloni.

"Queremos que os gritos de dor que surgem das praias italianas sejam ouvidos", disse Antonio Capacchione, presidente da União Italiana de Empresários de Praia, ao Financial Times. "As pessoas confiaram nas leis que diziam 'invista o quanto quiser', e agora estão diante de um governo que prometeu tudo e não está fazendo nada."

Praia de Fornillo, em Positano, na Costa Amalfitana, Itália - Folhapress

Há anos, a União Europeia vem pressionando a Itália, pedindo que o país revogue suas 30 mil concessões de gestão de praias e realocá-las por meio de um processo de licitação competitivo.

No entanto, os proprietários das concessões —que vão desde barracas com espreguiçadeiras e sombrinhas até restaurantes e hotéis de luxo— representam uma influente base política que resiste à concorrência.

A Comissão Europeia iniciou procedimentos contra a Itália em 2020, depois que o governo liderado na época pelo Movimento Cinco Estrelas aprovou uma lei estendendo as concessões até 2033.

Em um esforço para resolver a disputa, o governo subsequente, liderado por Mario Draghi, concordou em encerrar todas as concessões existentes e realizar leilões para novas no final de 2023. Mas seu governo desmoronou antes que ele pudesse realizar as reformas.

Uma vez no cargo, Meloni estendeu a validade das concessões existentes até o final de 2024.

Seu governo também mapeou os 7.900 quilômetros de litoral da Itália na tentativa de demonstrar a Bruxelas que há muitas praias livres e que não era necessário cancelar as concessões existentes. A comissão rejeitou a alegação de Roma e instou o governo de Meloni a avançar com a reforma prometida.

Os municípios italianos —que historicamente emitiram concessões— estão preparando suas próprias novas licitações e elaborando políticas de compensação para empresários prestes a perder concessões de longa data.

Mas os empresários de praia estão exigindo que Meloni adote uma política nacional garantindo o equivalente a pelo menos dois anos de seu faturamento anual como compensação por seus negócios perdidos.

"É o faroeste nas praias italianas na ausência de uma regra nacional", disse Capacchione. "É o mínimo. Exigimos justiça. É moralmente aceitável alguém tomar posse gratuitamente de [um negócio] construído através dos sacrifícios de um empresário que não dormiu à noite?"

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