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Descrição de chapéu copom juros Selic

Lula diz que país está pressionado pelo dólar e que não pode fazer loucura na economia

Presidente evitou ataques ao Banco Central e disse que, em setembro, fica mais fácil entidade baixar juros se os americanos reduzirem a taxa deles

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Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira (15), que o país está pressionado pelo dólar, e que há "mais facilidade" para redução da taxa básica de juros no Brasil se a taxa dos americanos abaixar.

Lula falou ainda que as coisas vão mudar, mencionando a indicação do sucessor de Roberto Campos Neto no Banco Central, mas sem citar nomes.

"Estamos hoje um pouco pressionados pela inflação americana e o valor do dólar. Se os americanos começaram a baixar taxa de juros deles agora em setembro, isso vai fazer com que isso crie no Brasil mais facilidade para baixar [a Selic]", disse.

"To trocando presidente do BC, vou ter que indicar agora porque será substituído no fim do ano. As coisas vão mudando. Não pode fazer nenhuma loucura. Economia não tem loucura, tem bom senso. Se eu fizer uma loucura e eu perder o controle, a gente vai levar o povo ao desastre. Não quero que inflação volte", afirmou.

O presidente Lula (PT) em evento da revista Carta Capital, na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

A declaração foi dada em entrevista à Rádio T, em Curitiba (PR). Lula está no Paraná para visitar uma fábrica de fertilizantes, uma refinaria e a planta industrial da Renault.

Na véspera, Lula também criticou a taxa básica de juros em um evento na Confederação Nacional da Indústria, acrescentando que a discussão sobre baixá-la é uma "briga eterna".

Ele também criticou quem vive de dividendos e afirmou que o que falta para o Brasil é a "circulação do dinheiro".

"Baixar o juro é uma briga eterna nesse país. Mas mesmo se o juro for zero, se o cara não tiver dinheiro, ele não vai consumir. O importante é a circulação do dinheiro", afirmou o presidente.

Ele reconheceu que há divergência dentro do seu governo sobre gastos, mas que costuma provocar seus ministros indagando qual o custo de não fazer os investimentos necessários para o futuro.

"Mesmo agora no governo, quando a gente senta para discutir, você tem o pessoal preocupado que a gente não consiga gastar o dinheiro que precisa e as pessoas que sabem que precisa gastar. Os que não querem, também sabem que precisa gastar, mas tem responsabilidade em dizer para a sociedade que nós não temos tudo isso", afirmou o presidente.

"Sempre provoco o pessoal a discutir o seguinte: custa fazer tal coisa? Vamos nos perguntar quanto custa não fazer? Quanto não custou ao Brasil não fazer as coisas na década de 50?", questiona

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