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Brasileiro de agência da ONU deixará cargo após denúncia de assédio

Luiz Loures diz que saída não tem ligação com acusação e que foi inocentado

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Genebra | Reuters

O vice-diretor da Unaids (a agência de combate à Aids da ONU), o brasileiro Luiz Loures, não vai buscar um novo mandato no cargo após uma acusação de assédio sexual contra ele. 

O porta-voz da entidade, Mahesh Mahalingam, anunciou a decisão nesta sexta-feira (23) afirmando que a saída do brasileiro não tem ligação com a acusação e que ele foi inocentado no caso.  

Luiz Loures, vice-diretor da Unaids, durante evento em Nova York - Monica Schipper - 20.set.2017/Getty Images/AFP

Uma queixa formal de assédio sexual foi apresentada contra Loures em novembro de 2016, mas a investigação não encontrou indícios suficientes e o caso foi arquivado, segundo a Unaids. 

"A investigação independente feita pela divisão interna de serviços de supervisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou claramente que o caso era infundado e recomendou que fosse encerrado", disse Mahalingam.  "Ele sente claramente que é hora de fazer outra coisa".

Loures, 61, trabalha há 22 anos na agência e seu mandato iria até março. Segundo o porta-voz, o diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibe, aceitou a decisão.

Procurada pela agência de notícias Reuters, a Unaids disse que Loures tomou a decisão sozinho e que não houve nenhum tipo de discussão para tirá-lo do cargo.  

A saída de Luiz Loures é a segunda de um funcionário de alto escalão da ONU que foi acusado de assédio em dois dias. 

Na quinta (22), Justin Forsyth, vice-diretor do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), renunciou ao cargo dizendo que não quer que a cobertura de seus erros passados prejudique a entidade.

Após o início da onda de revelações de assédio sexual nos Estados Unidos em outubro, diversos casos envolvendo funcionários das Nações Unidas vieram a público.

A ONU informou nesta quinta ter recebido quarenta denúncias de assédio, exploração ou abuso sexual no último trimestre de 2017 contra funcionários de suas missões pacificadoras, agências, fundos e programas e contra entidades parceiras.

Além da ONU, as denúncias atingiram também ONGs e outras entidades de ajuda humanitária. 

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