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Papa Francisco irá canonizar Paulo 6º neste ano

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O papa Francisco, que irá canonizar Paulo 6º neste ano - CityPress24/FramePhoto/Folhapress

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Vaticano | Reuters e AFP

O papa Francisco anunciou que o papa Paulo 6º (1897-1978), que liderou a Igreja Católica nos anos 1960 e 1970 --um dos períodos mais turbulentos da história contemporânea, será canonizado neste ano.

A decisão foi divulgada na última quinta-feira (15), durante uma reunião particular com padres romanos. O Vaticano publicou a transcrição da conversa neste sábado (17).

Ao fazer o anúncio, o papa Francisco brincou dizendo que ele e o papa Bento 16, que renunciou em 2013 e está agora com 90 anos, "estão na lista de espera".

Nascido Giovanni  Battista  Montini, em 1897, Paulo 6º passou boa parte da carreira no serviço diplomático do Vaticano antes de se tornar cardeal de Milão. Ele foi eleito papa em 1963, após a morte de João 23.

Além de conduzir a Igreja Católica à conclusão do Segundo Concílio do Vaticano, iniciado por seu predecessor, Paulo 6º ajudou a implementar reformas que modernizaram a Igreja --foi o primeiro a visitar a Terra Santa--, apesar de ficar marcado também pela encíclica "Humanae Vitae", em 1968, em que pregou aos católicos a proibição a métodos contraceptivos artificiais.

A canonização ocorrerá após Paulo 6º ser beatificado em 2014, quando foi atribuído a ele um primeiro milagre --a cura de um feto diagnosticado com graves problemas cerebrais no início da década de 1990 na Califórnia (EUA), quando a mãe se recusou a abortar e rezou para o papa para salvar a criança, que nasceu saudável. No início deste mês, o Vaticano aprovou um segundo milagre atribuído a ele.

Ele será o terceiro papa que Francisco canonizou desde que assumiu a Igreja Católica, há cinco anos ---já passaram pelo processo João 23 (1881-1963) e João Paulo 2º (1920-2005).

COMISSÃO ANTIPEDOFILIA

Após sofrer duras críticas em 2017, a comissão proteção a crianças, adolescentes e adultos vulneráveis, criada pelo papa Francisco em 2014, ganhou nove novos membros neste sábado (17), informou o Vaticano.

O cardeal americano Sean O'Malley foi confirmado para presidir a comissão, que manteve outros sete membros anteriores. Além do presidente, o grupo é formado por oito mulheres e oito homens, incluindo vítimas de abusos sexuais cometidos por eclesiásticos.

A inclusão de novos membros tenta amenizar as críticas sofridas pela comissão no ano passado, quando dois de seus integrantes divulgaram que havia uma "vergonhosa" falta de cooperação do Vaticano.

Marie Collins, que renuncia ao cargo na comissão do Vaticano que apura abusos sexuais na Igreja Católica, observa Sean O'Malley, que preside o órgão, durante conferência em maio de 2014 - Riccardo De Luca - 3.mai.2014/AP

As críticas foram feitas pela irlandesa Marie Collins, 71, vítima aos 13 anos de abusos sexuais por um padre, que deixou a comissão em março de 2017, e pelo britânico Peter Saunders, outra vítima de abusos sexuais, que renunciou em 2016.

De acordo com eles, a comissão "precisava ser reforçada por pessoas que não estejam completamente entregues à Igreja".

Além de trabalhar em casos de investigação, a comissão tem como tarefa propor ações de prevenção.

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