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Guru indiano é condenado a prisão perpétua por estupro de adolescente

Asaram Bapu, 77, estava preso desde 2013; ele nega a acusação

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O guru indiano Asaram Bapu (centro) é escoltado pela polícia ao deixar tribunal em Gandhinagar - Sam Panthaky - 15.oiut.2013/AFP

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Nova Déli | Reuters

Um guru indiano foi condenado à prisão perpétua nesta quarta-feira (25) pelo estupro de uma adolescente.

O juiz Madhusudhan Sharma emitiu o veredito na cidade de Jodhpur, no estado do Rajastan, onde Asumal  Harpalani, conhecido pelo nome de Asaram Bapu, estava preso desde setembro de 2013.

Além de estupro, Bapu foi condenado também por conspiração criminal e confinamento ilícito.

Dois dos auxiliares do guru também foram condenados a 20 anos de prisão cada, acusados de o terem ajudado. Outros dois foram absolvidos. 

Asaram Bapu, 77, tem mais de 400 ashrams (comunidade religiosa) ao redor do mundo segundo seu website, em lugares como Reino Unido, Uganda, Quênia, EUA e Canadá. Sua advogada de defesa, Sushma Dhara, disse que vai contestar o veredicto. 

Em um outro caso, Bapu e seu filho, Narayan Sai, são acusados pelo assédio sexual de duas irmãs. 

Uma série de estupros de crianças nas últimas duas semanas provocou protesto ao redor do país. Como reação, o gabinete do premiê Narendra  Modi aprovou a pena de morte para estupradores de crianças com menos de 12 anos de idade

"A sentença veio como um grande alívio", afirmou Kiran Jha Thakur, fundador da ONG Kalpana, que ajudou a família da vítima a levar o caso adiante na Justiça. "Isso mostra que, mesmo que você seja um 'homem santo', se você cometeu um crime, nosso Judiciário vai te pegar." 

"Esse julgamento é uma lição para pessoas que pensam que podem se livrar ao cometer ofensas sexuais contra crianças", afirmou  Yashwant Jain, membro da Comissão Nacional para a Proteção dos Direitos da Criança. 

O caso data de agosto de 2013, quando uma adolescente de 16 anos acusou o guru de tê-la abusado sexualmente em seu ashram em Jodhpur, cerca de 335 km da capital Jaipur. 

A família da menina, que eram seguidores de Bapu havia uma década, a havia levado ao ashram para que fosse libertada de espíritos malignos. Ela disse que foi forçada a praticar sexo oral e que foi tocada de maneira inapropriada. 

As forças de segurança de quatro estados indianos —Rajastan, Gujarat, Uttar Pradesh e Haryana — estavam em alerta, por temores de uma reação dos seguidores do guru. 

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