O presidente Donald Trump pretende presentear o ditador Kim Jong-un com um CD do músico britânico Elton John que inclui a canção "Rocket Man" —expressão que o próprio americano já usou para se referir ao líder norte-coreano. 

A ideia de Trump, divulgada pela imprensa internacional, era que o seu secretário de Estado, Mike Pompeo, entregasse o presente autografado pelo presidente para  Kim durante a viagem do americano a Pyongyang na semana passada.

O plano, porém, não deu certo porque o chefe da diplomacia americana acabou se reunindo apenas com auxiliares do líder norte-coreano e não se encontrou diretamente com o ditador. A viagem terminou com Pyongyang chamando de "mafiosa" a proposta dos Estados Unidos para a desnuclearização do país. 

"Eu tinha [o CD] para ele e não entregaram, mas será entregue em algum momento", afirmou Trump em Washington na terça-feira (11) antes de embarcar para a cúpula da Otan (aliança militar liderada pelos EUA), segundo o jornal britânico The Guardian. 

O americano indicou ainda que além do CD, o ditador também ganhará outro brinde. "Na verdade, eu tenho um pequeno presente para ele, mas vocês só descobrirão o que é quando eu entregá-lo" disse Trump.

O presidente americano chamou Kim de "little  rocket man" (pequeno homem do foguete) durante discurso na ONU em 2017, no auge da hostilidade entre Pyongyang e Washington. O termo fazia uma referência aos testes com mísseis de capacidade nucleares feitos pela Coreia do Norte. 

Com a melhoria das relações entre os dois países, porém, Trump teria voltado ao tema durante o encontro entre ele e Kim em Singapura em 12 de junho. 

Segundo a rede de TV CNN, na ocasião o americano perguntou ao norte-coreano se ele tinha ideia de onde vinha o termo "rocket man" e se ele já tinha ouvido falar de Elton John. Após Kim dar respostas negativas, Trump teria então elogiado o cantor britânico e prometido o CD de presente. 

Ainda de acordo com a CNN, o ditador teria afirmado ao presidente americano que não se importava de ser chamado de "rocket man".

Nem a Casa Branca nem o governo norte-coreano se manifestaram oficialmente sobre o assunto.