Sem acordo por refugiados, Itália ameaça cortar verba da União Europeia
Roma quer que outros países do bloco recebam imigrantes em barco na sua costa
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O vice-primeiro-ministro da Itália, Luigi Di Maio, disse nesta quinta-feira (23) que o país irá cortar a verba anual que envia a União Europeia caso a questão da imigração não seja resolvida.
Ele, que também é o líder da sigla governista Movimento 5 Estrelas, afirmou que vai defender no Parlamento italiano a suspensão dos pagamentos se nenhum outro país do continente aceitar receber os imigrantes que estão no barco Diciotti, que está em Catânia, na Sicília.
“Se amanhã nada for decidido do encontro da Comissão Europeia sobre a redistribuição dos migrantes do Diciotti, o 5 Estrelas e eu não iremos dar 20 bilhões de euros [R$ 95 bilhões] por ano para a UE”, disse ele.
A Comissão Europeia disse que está trabalhando para achar algum país para receber os cerca de 150 migrantes que estão há três dias no barco à espera de uma solução para o impasse.
O grupo cruzou o mar Mediterrâneo e ao chegar próximo a costa da Sicília foi resgatado há três dias pelo Diciotti, embarcação da guarda costeira italiana. Eles foram então levados ao porto de Catânia, mas não podem desembarcar e aguardam no próprio barco enquanto a negociação segue.
O governo italiano, formado por uma coalizão entre o 5 estrelas e o partido nacionalista Liga, tem se recusado a receber barcos de imigrantes e tem defendido que outros países do bloco ajudem a resolver a questão dos refugiados.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters