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Sobreviventes de terremoto e tsunami caçam comida em ruas de 'cidade-zumbi' na Indonésia

Moradores da região de Donggala reclamam de falta de ajuda; mortos sobem para 1.407

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Navio fica encalhado após terremoto e tsunami em Wani, na região de Donggala, na Indonésia - Athit Perawongmetha/Reuters

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Reuters

Sobreviventes do terremoto seguido de tsunami que atingiu a ilha de Sulawesi, na Indonésia, disseram que estão procurando comida pelas ruas e campos em Donggala, que virou uma "cidade-zumbi" após a tragédia. Autoridades afirmaram nesta quarta-feira (3) que o número de mortos subiu para 1.407. 

A agência nacional de desastres afirmou que a maioria dos esforços de resgate e de ajuda está concentrada na localidade de Palu, que o presidente Joko Widodo visita pela segunda vez nesta quarta. 

O tamanho da tragédia nas demais regiões continua desconhecido.

 

Johnny Lim, dono de restaurante, afirmou por telefone de Donggala que está sobrevivendo a base de coco.

"É uma cidade-zumbi. Tudo foi destruído. Nada sobrou", afirmou. "Não há água nem comida."

Ahmad Derajat, também em Donggala, afirmou que os sobreviventes estão caçando comida pelas ruas e pelos campos nas zonas rurais.

"O que temos de comida agora é o que achamos em fazendas, e compartilhamos tudo o que achamos, como batata doce e bananas", disse Derajat, que perdeu a casa. "Por que não estão entregando ajuda de helicóptero?"

A agente humanitária Lian Gogali  descreveu uma situação perigosa em Donggala, composta por uma série de pequenas cidades ao longo da costa, ao norte de Palu.

"Todo mundo está desesperado por comida e água. O governo está desaparecido", afirmou.

Widodo, que tentará a reeleição no ano que vem, voltou a pedir reforços para a busca das vítimas, após inspecionar os trabalhos no hotel Roa Roa, onde cerca de 30 pessoas podem estar sob os escombros.

Yahdi Basma, líder de um vilarejo ao sul de Palu, disse que o presidente não tem noção da extensão da tragédia.

"O presidente não está ouvindo sobre as áreas remotas, só sobre o tsunami e Palu", disse. 

"Há centenas de pessoas soterradas pela lama no meu vilarejo. Não há ajuda de nenhum tipo." ​

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