Siga a folha

Turquia diz que jornalista foi estrangulado ao entrar em consulado saudita

Versão contradiz informações de que Jamal Khashoggi teria sido torturado antes de ser morto

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Istambul | AFP, Reuters e Associated Press

O jornalista Jamal Khashoggi foi estrangulado logo após entrar no consulado saudita em Istambul no último dia 2 e depois teve seu corpo esquartejado, em uma ação premeditada, disse nesta quarta-feira (31) o procurador turco responsável pelo caso. 

É a primeira vez que uma autoridade turca que participa da investigação confirma publicamente o que aconteceu com o jornalista saudita.

"De acordo com uma ação premeditada, a vítima Jamal Khashoggi foi estrangulada até a morte assim que ele entrou no Consulado-geral da Arábia Saudita",  disse comunicado emitido pelo procurador-geral de Istambul, Irfan Fidan

"O corpo da vítima foi desmembrado e se livraram dele depois de sua morte por estrangulamento, novamente de acordo com o planejado", afirmou a nota. 

A versão turco se opõe assim a versão inicial saudita, de que Khasoggi teria morrido durante uma briga. Também é contrária a informações divulgadas pela imprensa local de que o jornalista teria sido torturado antes de ser morto. 

Fidan revelou os detalhes da ação um dia após se reunir com o procurador-geral da Arábia Saudita, Saud bin Abdallah Al-Muajab.

"Apesar de nossos esforços bem-intencionados para revelar a verdade, nenhum resultado concreto foi alcançado nessas reuniões", disse o turco sobre o encontro.

A morte de Khashoggi se tornou uma crise para a Arábia Saudita, a maior exportadora de petróleo do mundo, que no primeiro momento negou ter qualquer conhecimento ou responsabilidade pelo desaparecimento do jornalista.

Depois, Mojeb disse que o assassinato de Khashoggi foi premeditado e Riad afirmou que 18 suspeitos do crime haviam sido presos. Mas, a Turquia, que divulgou uma série de evidências contradizendo as primeiras versões de Riad, tem exigido mais detalhes, incluindo a localização do corpo de Khashoggi e o nome de quem ordenou seu assassinato.

A morte do jornalista, um crítico do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, chamou atenção para o relacionamento próximo do Ocidente com Riad —importante importador de armas e peça fundamental dos planos de Washington para conter o Irã na região.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas