Vincular venda de armas a caso de jornalista morto é 'demagogia', diz Macron

Para presidente francês, assassinato de saudita 'não tem nada a ver' com exportações

Paris | Reuters

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira (26) que é "demagogia" suspender a venda de armas à Arábia Saudita por causa do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

"Qual a ligação entre a venda de armas e o assassinato de Khashoggi? Entendo a conexão com o que está acontecendo no Iêmen, mas não há elo com Khashoggi", afirmou durante entrevista coletiva na Eslováquia. 

"É pura demagogia dizer 'devemos parar a venda de armas'. Não tem nada a ver com Khashoggi", acrescentou.

Jamal Khashoggi foi morto durante uma visita ao consulado saudita em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro. O regime saudita disse que a morte foi premeditada.

A chanceler da Áustria, Karin Kneissl, defendeu que toda a União Europeia suspendesse a venda de armas ao reino, dizendo que isso também ajudaria a acabar "com a terrível guerra no Iêmen". A Áustria é atualmente presidente da União Europeia.

As declarações foram feitas depois que a Alemanha disse que não aprovaria novas exportações de armas para a Arábia Saudita até que a morte seja esclarecida. 

Na terça (23), os EUA anunciaram a revogação dos vistos de agentes da Arábia Saudita envolvidos no assassinato.

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