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Consulado do Brasil em Lisboa promete acabar com filas até a próxima semana

Para conseguir atendimento, brasileiros chegam a passar a madrugada e dormir na frente do local

Fila em frente ao consulado brasileiro em Lisboa - Bruno Miranda/Folhapress

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Lisboa

O consulado do Brasil em Lisboa afirmou que está implementando uma série de medidas —que incluem um novo sistema de agendamento online e a contratação de mais quatro funcionários– para acabar com as longas filas que se repetem na porta da repartição nos últimos meses.

Segundo o cônsul brasileiro na capital portuguesa, José Roberto de Almeida Pinto, a aglomeração de pessoas à espera de atendimento já não irá se repetir na próxima semana.

Como atualmente o atendimento acontecia por ordem de chegada e estava restrito a 750 senhas por dia, muita gente optava por dormir na porta do consulado para garantir que obteria o serviço pretendido.

"Ao longo de 2018, nós observamos um aumento na demanda que eu qualificaria, sem exageros, de imenso”, explica o cônsul.

A busca por serviços consulares em Lisboa mais do que dobrou em 2018, tornando impossível atender a todos os pedidos com a estrutura existente.

"Até o início do ano passado, o consulado fazia uma média de trezentos atendimentos por dia. Já em setembro e outubro, já eram 750 por dia. E, mais para o final do ano, o consulado já não conseguia atender a todos, porque a demanda era bem maior do que isso”, completou.

A partir desta sexta (25), o atual sistema de senhas por ordem de chegada será encerrado. Só serão atendidos os cidadãos que tiverem feito o agendamento online.

“Nós estamos usando um sistema que foi desenvolvido dentro do próprio Itamaraty, que funciona de forma bem melhor do que o que tínhamos anteriormente, que apresentava falhas”, diz o cônsul José Roberto de Almeida Pinto.

A partir de agora, antes de escolher uma data para ir à repartição, os usuários precisarão passar por uma triagem.

É necessário fazer um registro prévio no site, indicando o tipo de serviço pretendido. Além dos dados pessoais, é preciso cadastrar um email de contato e enviar, de forma digitalizada, a documentação exigida.

“A validação desses documento é feita por agentes consulares. Se estiver tudo certo, a pessoa recebe um email com algumas opções de dias e horários disponíveis”, explica Diana Valle, cônsul-adjunta.

A equipe de 25 pessoas dedicadas ao atendimento ao público também será ampliada e, em breve, será lançado um edital para a contratação de mais quatro funcionários, o que deve ajudar a desafogar as tarefas.

“Nós também investimos na capacitação da equipe que nós já tínhamos. As pessoas foram treinadas para atuar em mais de uma função. Todos se esforçaram muito para suprir a demanda”, diz o cônsul.

Novos imigrantes

Os números oficiais de imigração brasileira em 2018 ainda não foram divulgados, mas o órgão responsável pelo assunto, o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), admitiu ao jornal Público que houve um "aumento significativo” de residentes.

Em 2017, o aumento foi de 5,6%, após seis anos de diminuição nos números oficiais.

Um indicativo da nova onda migratória tem a ver com o tipo de documento pedido no consulado. O campeão de requisições é o certificado de antecedentes criminais, exigido nos processos de visto (e portanto de regularização) no país.

Em todo o ano de 2017, foram emitidos 13,6 mil desses documentos. Em 2018, foram 31,1 mil certidões, o que representa uma alta de 128% apenas neste serviço.

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