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Igreja põe fim a culto de 3 meses após conseguir que família refugiada fique na Holanda

'Maratona' religiosa impediu que armênios que viviam há 9 anos no país fossem deportados

Foto de outubro de 2018 mostra os irmãos Hayarpi e Warduhi Tamrazyan (à dir.) na igreja Bethel em Haia - Niels Wenstedt / ANP / AFP

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Haia

Uma igreja da Holanda anunciou nesta quarta-feira (30) que vai pôr fim a uma "maratona" religiosa de três meses de culto ininterrupto, medida adotada para impedir a deportação de uma família armênia do país, após um acordo político que permitirá que eles permaneçam na Holanda.

A família Tamrazyan —formada por pai, mãe e três filhos—  teve negado seu pedido de asilo depois de viver quase nove anos na Holanda, apesar de eles terem afirmado que estariam em perigo caso retornassem a seu país.

Eles se refugiaram em outubro na pequena igreja Bethel de Haia, que tirou proveito de uma lei holandesa que, na maioria das circunstâncias, impede que as autoridades conduzam operações em um local no qual serviços religiosos estejam sendo realizados.

Desde então, 650 pastores de todo o país, e também da França, da Alemanha e da Bélgica, mantiveram o culto sendo ministrado constantemente.

Culto na igreja em Haia durou três meses - Koen van Weel / ANP / AFP

O acordo do governo holandês permite revisar as demandas de asilo negadas de cerca de 700 crianças que cresceram no país.

A igreja Bethel "põe fim aos ofícios contínuos organizados desde 26 de outubro", declarou o presidente do conselho geral da Igreja protestante de Haia, Theo Hettema.

"O acordo político alcançado na terça oferece à família armênia Tamrazyan uma perspectiva de futuro na Holanda", afirma no comunicado.

O último culto na igreja ocorreu nesta quarta às 13h30 locais (10:30 pelo horário de Brasília).

Os Tamrazyan chegaram à Holanda há nove anos, após o pai receber ameaças na Armênia por suas atividades políticas. 

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