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ONU pede investigação após mais de 350 serem detidos na Venezuela

Michelle Bachelet, comissária para direitos humanos, afirma temer 'situação catastrófica' no país

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Genebra | Reuters e AFP

A alta comissária de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet,  pediu nesta sexta-feira (25) uma investigação independente sobre a situação na Venezuela após relatos de que mais de 350 pessoas foram detidas apenas nesta semana durante manifestações contra o regime do ditador Nicolás Maduro.

Bachelet afirmou ainda ter informações de que 20 pessoas foram mortas durante os protestos. Pelo menos 320 foram detidos apenas no dia da maior manifestação contra Maduro, na última quarta (23).

Segundo a ONG Observatório Venezuelano de Conflitividade Social, o balanço é de 26 mortos em quatro dias. 

"Estou extremamente preocupada que a situação na Venezuela possa sair rapidamente de controle com consequências catastróficas", afirmou em nota Bachelet, ex-presidente do Chile. 

"Qualquer incidente violento que resulte em morte ou ferimento deve ser sujeito a uma investigação independente e imparcial para que se descubra se houve uso excessivo de força pelas autoridades ou se crimes foram cometidos por membros de grupos armados, sejam pró-governo ou não", afirmou. 

A comissária pediu que os líderes políticos mantenham conversas imediatas para aplacar a "atmosfera cada vez mais incendiária" no país, desde antes que Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, se declarou presidente interino do país, na quarta.

"Mais de três milhões de venezuelanos fugiram do país, outros milhões mais vivem em condições miseráveis", afirmou. "O que mais se precisa para que os dirigentes políticos anteponham o bem-estar do povo a seus próprios interesses? Trata-se fundamentalmente de uma crise de governança, e é responsabilidade dos dirigentes do país pôr fim a essa situação desastrosa." 

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) afirmou que está monitorando a situação mas que ainda não foi detectado um aumento no êxodo de venezuelanos. 

"Ainda estamos nos preparando para qualquer mudança no número de refugiados ou imigrantes deixando a Venezuela, afirmou a porta-voz do Acnur  Liz Throssell.

"O que temos visto é que a movimentação da população tem se mantido constante desde o ano passado e que são 5 mil venezuelanos deixando o país diariamente, em média."

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