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Washington detém cidadão russo após Moscou prender americano

Dmitry Makarenko teria sido preso em ilha no Pacífico; caso estremece relação entre os países

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Moscou | Reuters

​O Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse neste sábado que os Estados Unidos detiveram um cidadão russo, logo após Moscou prender o ex-militar americano Paul Whelan, acusado de ser um espião

Em nota, a chancelaria russa disse que Dmitry Makarenko foi detido pelas autoridades americanas no dia 29 de dezembro nas Ilhas Marianas do Norte, um território no meio do Oceano Pacífico que fica a mais de 9.000 quilômetros. De lá, ele teria sido transferido para o estado da Flórida. 

Entrada de centro de detenção em Moscou onde a Rússia mantém o americano Paul Whelan - Shamil Zhumatov - 3.jan.19/Reuters

"Makarenko, nascido em 1979, chegou na ilha Saipan [parte do arquipélago das Marianas] com sua mulher, seus filhos pequenos e seus pais idosos. Ele foi detido por agentes do FBI imediatamente após sua chegada", diz a nota russa. 

O ministério disse ainda que os diplomatas do país ainda não conseguiram ter acesso a Makarenko e que Washington não deu explicações formais sobre a prisão. 

O governo americano não comentou o caso, que ocorreu um dia após Whelan ter sido preso em Moscou pelo Serviço Federal de Segurança russo . A família diz que ele é inocente e que estava na cidade para ir a um casamento. 

A troca de acusações entre os dois lados pode complicar ainda mais a relações entre os países, apesar das constantes trocas de afago entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin. 

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse esta semana que pediu explicações para Moscou sobre a prisão de Whelan e que exigirá sua libertação e retorno imediato caso fique comprovado que sua detenção é inapropriada.

O governo do Reino Unido também criticou Moscou e disse que indivíduos não devem ser usados como no jogo diplomático —Whelan também tem passaporte britânico.  

Antes da detenção de Makarenko, analistas já tinham levantado a hipótese de que Whelan poderia ser trocado por algum cidadão russo que estivesse detido em solo americano. 

Questionado sobre o assunto, o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Ryabkov, negou esta intenção. "Não vejo razões para debater essa questão em um contexto de troca [de prisioneiros]. Devemos seguir todos os procedimentos em uma situação como esta", afirmou ele neste sábado. 

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