Após EUA, Rússia também suspende participação em acordo nuclear
Putin ainda instruiu governo a não iniciar negociações de desarmamento com americanos
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A Rússia suspendeu neste sábado (2) sua participação no acordo nuclear de alcance intermediário que mantinha com os Estados Unidos desde a Guerra Fria, após ação similar dos americanos na sexta (1º).
O presidente russo, Vladimir Putin, ainda instruiu seu governo a não iniciar negociações de desarmamento com o país liderado por Donald Trump, acusando os EUA de responderem de forma devagar demais a tais movimentos.
"Os parceiros americanos declararam ter suspendido sua participação no acordo, nós também suspendemos", disse Putin durante uma reunião televisionada com os ministros da Defesa e das Relações Exteriores. Ele afirmou que a Rússia trabalhará para criar novos mísseis, inclusive de capacidade hipersônica.
Washington anunciou na sexta que sairia do INF (sigla em inglês para Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário) em seis meses, a menos que Moscou encerre o que considera violações do acordo.
Vigente desde 1987, o tratado foi responsável por banir 1.846 mísseis com capacidade nuclear da então União Soviética e 846 dos EUA.
Para os americanos, os russos violaram o combinado após testar o míssil de cruzeiro 9M729, de alcance estimado em 2.000 km, em 2015, e de tê-lo instalado perto de fronteiras europeias em 2017. O INF veta qualquer míssil com alcance entre 500 km e 5.500 km na região.
O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, também acusou os Estados Unidos de violar os termos do INF e de outros acordos armamentistas, como o tratado de não-proliferação.
Também neste sábado, a China insistiu para que os Estados Unidos não se retirasse do acordo com a Rússia. Em nota, o Ministério de Relações Exteriores do país oriental afirmou que Washington deveria resolver seus problemas com a Rússia pelo diálogo, ao invés de ameaçar se retirar de acordos importantes de controle de armas nucleares.
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