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Netanyahu promete congelar fundos para palestinos após assassinato de israelense

Por reeleição e sob pressão, premiê não repassará cerca de R$ 474 mi por mês para a Autoridade Palestina

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Jerusalém

Ameaçado por adversários da própria direita israelense em sua aspiração de reeleição, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, prometeu neste domingo (10) congelar a transferência de dinheiro para a Autoridade Palestina (AP).

Israel recolhe cerca de US$ 127 milhões (cerca de R$ 474 milhões) por mês em tarifas alfandegárias sobre produtos destinados aos mercados palestinos através de portos israelenses e, em seguida, repassa esses valores para a Autoridade Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, durante entrevista em Jerusalém - Gali Tibbon/Reuters

O Parlamento israelense aprovou no ano passado uma lei que retém parcialmente esses fundos, em resposta à decisão da Autoridade Palestina de pagar indenização a parentes de cidadãos palestinos detidos por ataques a soldados israelenses.

"Em breve, o trabalho de equipe necessário para implementar a lei para deduzir os salários dos terroristas será completo", disse Netanyahu, no início da última reunião de gabinete.

No início da semana, o primeiro-ministro disse: "Vou dizer ao gabinete de segurança que vamos aprovar as decisões necessárias para deduzir os fundos. Que ninguém tenha dúvidas de que esses fundos serão deduzidos no início da próxima semana".

Neste domingo (10), o ministro da Educação, Naftali Bennett, reforçou as pressões da direita para que seja implementada imediatamente a lei, após a prisão de um palestino por suspeita do assassinato de uma jovem israelense.

"A lei foi aprovada em julho passado! Eu peço ao primeiro-ministro que aplique a lei imediatamente", disse ele.

Já o ministro de Assuntos Civis da Autoridade Palestina, Hussein al Sheikh, disse que o órgão político não aceitará qualquer redução de fundos.

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