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WhatsApp fecha conta de partido na Espanha por envio massivo de mensagens

Podemos, sigla de esquerda radical, diz que tem consentimento de usuários; eleição será no domingo

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São Paulo

A menos de uma semana das eleições legislativas na Espanha, o WhatsApp fechou a conta do partido de esquerda radical Podemos, alegando “envio massivo de mensagens”.

A informação foi divulgada na noite de segunda (22), após um debate entre os quatro principais candidatos à chefia de governo, pelo secretário de comunicação do partido.

“Incrível. O WhatsApp acaba de fechar a conta do Podemos mediante a qual nos comunicávamos com todas as pessoas que nos solicitaram fazê-lo por meio deste canal. Justo nesta noite, a última semana de campanha, quando a população decide o voto”, postou Juanma del Olmo em uma rede social.

Os principais candidatos à chefia de governo nas eleições espanholas: Pablo Casado (PP), Pedro Sanchez (PSOE), Albert Rivera (Ciudadanos) e Pablo Iglesias (Podemos) no debate de segunda-feira (22) à noite - Sergio Perez/Reuters

Nesta terça (23), Del Olmo publicou a resposta que recebeu do WhatsApp de que seus “termos e serviços não permitem o envio massivo de mensagens”.

O político questionou por que não foram fechadas as contas de outros partidos “que estão fazendo o mesmo” e anexou a imagem de uma mensagem que, segundo ele, foi disparada massivamente pelo PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) às 12h55 (hora local, 7h55 em Brasília).

Em outro post, ele afirma que o Podemos cumpriu com as condições exigidas pelo aplicativo e que possui o “consentimento expresso” dos usuários que se inscreveram na lista de mensagens do partido.

Mais tarde, o Podemos afirmou que o sistema que a sigla utiliza na plataforma é idêntico ao usado por outros partidos e que a medida do WhatsApp é "uma ingerência de uma empresa em um processo eleitoral e, portanto, afeta a qualidade da nossa democracia". 

​A Espanha adota o sistema parlamentarista de governo. O calendário eleitoral do país só previa eleições em meados de 2020, mas, pela terceira vez em oito anos, o país antecipou o pleito, que está marcado para 28 de abril.

O anúncio foi feito em fevereiro pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, do PSOE, logo depois de o líder socialista sofrer uma derrota dura na Câmara dos Deputados, ao ver a proposta de orçamento do Executivo para 2019 ser rechaçada, o que inviabiliza a implantação de seu programa de governo.

Surgido no embalo do movimento dos indignados, a partir de 2011, o Podemos teve 21% dos votos nas eleições de 2015 e de 2016, encostando no PSOE. Segundo pesquisas pré-eleitorais, teria agora em torno de 13%.

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