Chinês é eleito para substituir brasileiro no comando de agência da ONU
Qu Dongyu assumirá em agosto o comando da FAO no lugar de José Graziano da Silva
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O chinês Qu Dongyu foi eleito neste domingo (23) diretor-geral da FAO, a agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, com sede em Roma, ao obter a maioria absoluta no primeiro turno da votação.
Qu, 55, é biólogo e atualmente é vice-ministro da Agricultura de seu país. Ele será o primeiro chinês a assumir o cargo na entidade e substituirá o brasileiro José Graziano da Silva.
O novo diretor-geral obteve 108 votos, a candidata francesa Catherine Geslain-Lanéelle, 71, e o terceiro candidato, o georgiano Davit Kirvalidze, apenas 12 votos, segundo a contagem anunciada após a primeira rodada. Há mais de 40 anos cum europeu não comanda a organização.
"É uma data histórica, um novo trampolim para a agricultura", declarou o diretor eleito, prometendo "fazer de tudo para ser imparcial e neutro".
Qu também prometeu ações concretas para combater a fome no mundo, e assinalou que se deve "reformar e transformar" esta agência da ONU, para "fazer uma nova FAO, mais jovem e dinâmica".
O mandato do novo dirigente chinês à frente da instituição multilateral irá durar quatro anos, de 1º de agosto de 2019 a 31 de julho de 2023.
Esta eleição é fundamental porque o novo diretor-geral da FAO terá que enfrentar um dos maiores desafios da humanidade frente ao aumento da fome no mundo devido ao efeito combinado do aquecimento global e dos conflitos, especialmente na África e no Oriente Médio.
Durante um discurso feito no sábado (22), Qu propôs associar mais o setor privado, para atrair recursos financeiros e desenvolver os setores agroalimentares, principalmente dos países em desenvolvimento.
Qu citou ontem como possível sócia da FAO a fundação americana Bill e Melinda Gates e também o gigante chinês do varejo Ali Baba.
A FAO é uma instância de debate e direção das políticas alimentares mundiais da qual participam representantes de governos, mas com a presença importante de agrônomos e cientistas. Sob a direção do brasileiro Graziano da Silva, a FAO esboçou uma política favorável aos métodos agroecológicos.
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