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Descrição de chapéu Governo Trump

Trump diz que aceitaria informações de estrangeiros sobre rivais eleitorais

Em entrevista à ABC, presidente americano afirma que não levaria caso ao FBI

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São Paulo

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em entrevista à rede ABC News que não necessariamente alertaria o FBI (polícia federal americana) caso um estrangeiro lhe oferecesse informações sobre seus rivais nas eleições de 2020.

"Não é uma interferência. Eles têm informações. Acho que eu as aceitaria", afirmou Trump ao jornalista George Stephanopoulos. 

"Eu vi muitas coisas acontecendo na minha vida, e nunca chamei o FBI", afirmou Trump. "Isso é alguém dizendo: 'Tenho informações sobre seu rival'. Você não diz: 'Oh, deixe-me ligar para o FBI. Me poupe. A vida não funciona assim."

O entrevistador afirma que, segundo o diretor do FBI, isso é o que deveria acontecer —uma referência a depoimento de Christopher Wray no Congresso no mês passado. "O FBI ia gostar de saber" sobre interferências estrangeiras nas eleições, afirmou Wray na ocasião. "Bom, o diretor do FBI está errado", responde Trump.

Stephanopoulos insiste: "Se dessa vez alguém da Rússia, da China, se aproximar da sua campanha e dizer que tem informações sobre seu rival, você o escutaria ou chamaria o FBI?".

"Talvez ambos. Talvez você queira ouvir. Não há nada errado em ouvir", diz o presidente.

Uma investigação conduzida pelo procurador especial Robert Mueller sobre a suposta interferência russa nas eleições de 2016, em que Trump venceu a democrata Hillary Clinton, concluiu que não poderia isentar o presidente de ter cometido crimes, mas que não havia evidências contundentes para processá-lo por conluio com a Rússia.

No fim de maio, Mueller indicou que o Congresso americano poderia, no entanto, processar o presidente —numa referência a um processo de impeachment.

"Um presidente não pode ser processado por um crime enquanto estiver no cargo. É inconstitucional. A procuradoria especial é parte do Departamento de Justiça dos EUA e segue a política deste órgão. Processar o presidente não era uma opção que poderíamos considerar", afirmou o procurador.

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