Hospedagem de militares em resort de Trump gera polêmica, e oposição fala em impeachment
Suspeitas são de que governo teria sido usado para aumentar ganhos dos negócios do presidente
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Militares norte-americanos, em uma viagem de rotina até o Kuwait para entregar suprimentos, teriam feito uma parada em um resort de luxo na Escócia em abril deste ano, segundo uma investigação da Câmara dos Estados Unidos, divulgada pelo site Político.
O resort, chamado Trump Turnberry, faz parte dos negócios do presidente Donald Trump.
A investigação, segundo a reportagem, busca averiguar se houve conflito de interesse, já que dinheiro público poderia ter sido usado para aumentar o faturamento dos negócios do republicano.
Aviões militares na rota entre EUA e Oriente Médio costumam fazer escalas em bases aéreas norte-americanas em países como Alemanha e Itália.
Não havia base perto do hotel na Escócia, o que também elevou custos com o reabastecimento dos aviões, de acordo com o site.
Com base na matéria do site Politico, membros da oposição democrata acusaram Trump de má conduta.
"O presidente é corrupto e deve ser impedido", postou Alexandria Ocasio-Cortez, deputada democrata e uma das vozes mais proeminentes do partido.
"Corrupção. Pura e simples", disse Elizabeth Warren, senadora democrata e pré-candidata à Presidência.
Segundo a agência de notícias Reuters, a Comissão de Justiça da Câmara, que avalia os atos da Presidência, votará até quarta-feira (11) para definir se uma investigação em andamento buscará analisar se há elementos para propor um pedido de impeachment.
Esta comissão analisa há meses o material produzido pelo procurador especial Robert Mueller, que investigou se houve possíveis relações ilegais entre a campanha de Trump e a Rússia.
O líder da comissão, Jerrold Nadler, ampliou as investigações a partir de julho para avaliar também eventuais conflitos de interesse entre os negócios de Trump e seu cargo de presidente.
O trabalho da comissão é questionada por republicanos, que defendem que uma investigação capaz de gerar impeachment deve ser autorizada pelo plenário da Casa, como ocorreu nos casos de Richard Nixon e de Bill Clinton.
Nos últimos dias, também houve críticas pela decisão do vice-presidente Mike Pence de se hospedar em uma propriedade de Trump na Irlanda, que fica a centenas de quilômetros de Dublin, onde ele tinha compromissos.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters