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Foro de São Paulo tenta desestabilizar Equador, diz Ernesto

Em conferência conservadora, chanceler afirma que 'forças muito obscuras' atuam contra Moreno

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São Paulo

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, diz que o Brasil está preocupado com a ação do que chamou de forças obscuras num processo de desestabilização do presidente do Equador, Lenín Moreno.

Ele atribuiu essa atuação ao Foro de São Paulo, rede de partidos latino-americanos de esquerda que tem o PT e o governo venezuelano entre seus líderes.

"Estamos tentando entender quais são essas forças que estão se erguendo contra ele [Moreno]. Há forças muito obscuras atuando, que tentaram no passado submergir toda a região no caos, no totalitarismo", declarou ele, durante participação na Cpac, conferência conservadora realizada num hotel de São Paulo.

O chanceler Ernesto Araújo durante conferência conservadora Cpac, neste sábado (12) - Bruno Santos/Folhapress

De acordo com Ernesto, Moreno, que enfrenta manifestações populares após anunciar o fim de subsídios para combustíveis, representa a institucionalidade democrática no Equador.

"A questão é se existe uma rede de correntes e partidos totalitários que estão atuando no Equador contra o presidente Lenín Moreno e manipulando algumas reivindicações populares para tentar instalar um regime ligado ao Foro de São Paulo", afirmou.

O chanceler também expressou preocupação com a situação na Argentina, sobretudo com sinais de que o favorito para vencer a eleição no país, Alberto Fernández, tem dado de apoio ao governo venezuelano e defesa de medidas que vão contra o livre comércio.

"Claro que nos preocupa o caso da Argentina, já há sinais de que apoiam o Maduro, estão contra o livre comércio", disse.

Ele também expressou receio de que haja impacto no Mercosul em caso de vitória oposicionista no país vizinho.

"Temos que ver qual seria o futuro do Mercosul se um hipotético governo Fernández viesse com medidas de recriar barreiras de comércio e bloquear negociações com terceiros países. Já deram sinais preocupantes nesse sentido, mas confiamos que haja uma reversão das pesquisas", afirmou.

Ele declarou que não sabe se o presidente Jair Bolsonaro iria a uma eventual posse de Fernández. "Não sei, tem que ver a data."

Ernesto afirmou ainda não temer o isolamento do Brasil caso haja vitórias de esquerdistas em três países que realizam eleições neste mês na América do Sul. Além da Argentina, vão às urnas Uruguai e Bolívia.

"A gente nunca teme ficar isolado do lado da verdade", afirmou.

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