Presidente do Chile quer aumentar penas contra vandalismo em protestos
Piñera enviará projeto de lei ao Congresso que também agravará punições para saques
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O presidente chileno Sebastián Piñera anunciou um pacote de medidas nesta quinta-feira (7) para endurecer as punições a manifestantes que cometerem atos de vandalismo.
O líder afirmou que enviará projetos de lei ao Congresso para aumentar as penas dos crimes de saque e vandalismo quando cometidos durante manifestações.
A punição seria agravada se o acusado tiver usado máscaras ou objetos para esconder sua identidade.
O país vive a pior onda de protestos desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) —ao menos 20 pessoas morreram, cerca de 7.000 foram detidas e 1.459, feridas.
Os danos a negócios e ao metrô de Santiago, foco dos atos iniciais, são estimados em US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 6,15 bilhões).
Nas últimas semanas, manifestantes incendiaram e picharam prédios, além de terem saqueado centenas de supermercados, principalmente no centro da capital.
Piñera disse que combateria os "criminosos" intensificando a coleta de informações de inteligência e aumentando o número de drones utilizados na vigilância aérea de Santiago.
A oposição chilena imediatamente condenou o anúncio do presidente. Jorge Sharp, prefeito de Valparaíso, afirmou que "mais repressão não resolverá as injustiças sociais" e que as medidas levariam apenas a mais violência.
Promotores investigam mais de 800 denúncias de abuso, incluindo tortura, estupro e espancamentos supostamente feitos pelas forças de segurança durante os protestos.
Os atos desta última semana foram menos violentos em comparação aos anteriores, mas não há sinais de que as manifestações acabarão.
Na quarta (6) à noite, pessoas vestindo máscaras atacaram várias lojas, cafés e a sede de um partido político de direita em um bairro nobre de Santiago.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters