Com uma semana de atraso, Luis Lacalle Pou e Tabaré Vázquez iniciam transição no Uruguai
Após 15 anos de governo de centro-esquerda, centro-direitista tomará posse em 1° de março de 2020
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O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, recebeu nesta segunda-feira (2) o presidente eleito, Luis Lacalle Pou, na sede do governo em Montevidéu para a primeira reunião de transição entre os líderes.
O encontro foi agendado inicialmente para segunda-feira passada (25 de novembro), mas teve que ser adiado para que a Justiça Eleitoral eleitoral pudesse checar os chamados "votos observados", dada a pequena margem entre Lacalle Pou e seu adversário, o candidato governista da Frente Ampla, Daniel Martínez.
Em entrevista ao jornal El País no domingo (1º), o eleito afirmou que mudará a posição uruguaia em relação à ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela.
Para Lacalle Pou, a neutralidade adotada nos últimos governos está ligada a afinidades ideológicas —Tabaré Vázquez pertence à esquerdista Frente Ampla, assim como seu antecessor, José "Pepe" Mujica.
O ex-senador disse que sua gestão condenará a "ditadura de Maduro" em todos os níveis. "Nossa visão é mais próxima à do Grupo de Lima."
O fórum, criado em 2017 na capital do Peru, reúne ministros das Relações Exteriores de 14 países para buscar formas de contribuir para a estabilização da Venezuela. Entre eles, Peru, Brasil, Colômbia, Argentina, México e Canadá.
Desde então, o grupo tem buscado soluções para a crise venezuelana.
Após a reunião com Vázquez, Lacalle Pou anunciou as primeiras medidas que tomará em seu governo, como a criação de um Ministério do Meio Ambiente e a realização de auditorias em todos os órgãos públicos, para "dizer aos uruguaios como está seu Estado, seu governo e seus números".
O futuro presidente também afirmou estar ciente das "claras tensões" pelas quais passa o Mercosul, principalmente entre o brasileiro Jair Bolsonaro e o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández.
Ele afirmou ser a favor de uma flexibilização das regras do bloco.
O centro-direitista defende que os países membros sejam livres para realizar acordos comerciais de forma independente —o que facilitaria as negociações, já que divergências entre o Brasil e a Argentina, por exemplo, foram um dos fatores que contribuíram para a demora da conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
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