Com Temer liberado para viajar, Brasil enviará seis toneladas de mantimentos ao Líbano
Missão humanitária será composta por 13 membros, entre políticos, empresários e militares
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O governo brasileiro pretende enviar a Beirute, no Líbano, na próxima quarta-feira (12), pelo menos seis toneladas de alimentos, insumos e remédios.
Os mantimentos serão transportados por uma aeronave KC-390, que acompanhará a missão humanitária brasileira ao país do Oriente Médio atingido por uma grande explosão na última terça-feira (4).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escalou para a comitiva brasileira 13 pessoas, entre políticos, empresários e militares, que serão chefiados por Michel Temer (MDB).
Convidado por Bolsonaro a liderar a missão, o ex-presidente teve de pedir à Justiça uma autorização para deixar o país. O pedido foi acatado pelo juiz Marcelo Bretas em decisão publicada na tarde desta segunda.
Ele, que é filho de libaneses, responde a sete processos que tramitam no Rio, no Distrito Federal e em São Paulo e chegou a ser preso preventivamente pela Operação Lava Jato fluminense em março de 2019.
Ao deixar a cadeia, ele teve o passaporte retido, uma das condições impostas ao sair da prisão. Por duas vezes, em 2019, recorreu a juízes de segunda instância para fazer viagens internacionais.
Na lista da comitiva ao Líbano estão também o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, e os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Luiz Pastore (MDB-ES).
O grupo deve chegar na quinta-feira (13) ao país, onde cumprirá agenda de encontros com autoridades locais do Executivo e do Legislativo. A expectativa é de que retorne ao Brasil na sexta (14).
O KC-390 transportará também ventiladores pulmonares, máscaras cirúrgicas, kits de primeiros-socorros e material de construção, além de ao menos 500 cestas básicas e meia tonelada de medicamentos e equipamentos doadas pela Câmara de Comércio Brasil-Líbano.
Já a comitiva será transportada em uma segunda aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira), que deve levar também 16 médicos e enfermeiros voluntários para atuar no país. Segundo assessores presidenciais, navios de carga serão enviados ao Líbano com cerca de 4.000 toneladas de cereais.
"As relações entre o Brasil e o Líbano são afetuosas e profundas. Hoje, há mais libaneses no Brasil do que no Líbano. O Brasil faria isso por qualquer país, mas a comunidade libanesa tem muita importância no país", disse Skaf à Folha.
Nesta segunda, o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou a renúncia do governo. A decisão ocorre seis dias após a megaexplosão que destruiu metade de Beirute e deixou ao menos 220 mortos.
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