Em desafio à Justiça, Correa anuncia candidatura à vice-presidência do Equador
Ex-presidente, foragido na Bélgica, pode ser preso ao desembarcar no país para registrar candidatura
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O ex-presidente do Equador Rafael Correa (2007-2017), foragido da Justiça, anunciou nesta terça-feira (18) que será candidato a vice-presidente nas eleições marcadas para fevereiro de 2021.
Correa, 57, vinha alimentando a ideia de recorrer à estratégia bem sucedida de Cristina Kirchner, que em 2019 concorreu na Argentina como vice de Alberto Fernández por medo de perder devido a alta rejeição.
Condenado a oito anos de prisão por corrupção e obstrução de Justiça, o ex-presidente desafiará a lei eleitoral do país, pois, para se candidatar, teria de viajar da Bélgica, onde vive, até o Equador.
Ao chegar, pode ser preso imediatamente, uma vez que há um mandado de prisão em vigência contra ele.
Não se sabe então como Correa pretende inscrever sua chapa oficialmente. Ainda assim, anunciou que concorrerá ao lado de Andrés Arauz, 35, economista que foi ministro de Conhecimento e Talento Humano.
Correa foi presidente em três oportunidades e, embora tenha aprovado durante sua gestão uma lei para que a reeleição no país não tivesse limites de mandatos, a regra foi derrubada por seu sucessor e atual presidente, Lenín Moreno. Hoje, só é possível se candidatar à reeleição uma única vez.
A lei eleitoral também impede que um vice-presidente se candidate mais de uma vez ao cargo. Correa, porém, nunca concorreu à vice-presidência, e a regra não o atingiria.
Moreno, apadrinhado por Correa na última eleição, acabou se afastando do ex-presidente. Hoje são inimigos políticos, e a situação causou um racha no partido de centro-esquerda Alianza País.
O atual líder equatoriano afirmou que não disputaria a reeleição, e seu governo deve apoiar Otto Sonnenholzner, ex-vice de Moreno e figura que se projetou com a gestão do combate à pandemia no país.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters