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Esquerda vence eleições em Montevidéu e superará 30 anos no comando da cidade

Com medidas de proteção contra a Covid-19, Uruguai foi às urnas eleger prefeitos

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Montevidéu | AFP

A coalizão de esquerda Frente Ampla conquistou a prefeitura de Montevidéu nas eleições regionais realizadas no Uruguai neste domingo (27). A engenheira Carolina Cosse assumirá o cargo.

Projeções com base em pesquisas de boca de urna mostram que a Frente Ampla obteve entre 50% e 51% dos votos, frente a 40-41% da coalizão de centro-direita que chegou à Presidência do Uruguai em 1º de março, segundo os institutos Cifra e La Diaria Datos.

Carolina Cosse, prefeita eleita de Montevidéu - Pablo Porciuncula/AFP

Os outros prinicipais competidores já admitiram a derrota para Cosse, mesmo antes do fim da apuração.

Ela foi um dos três nomes que se candidataram pela Frente Ampla. Nas eleições deste domingo, vence o nome mais votado da coligação com mais votos —cada grupo pode apresentar mais de um postulante.

Com o resultado, Montevidéu se consolida como um bastião da esquerda. A Frente Ampla, dos ex-presidentes Tabaré Vázquez e José Mujica, terá o sétimo mandato seguido à frente da capital uruguaia, que comanda desde 1990. Vivem ali 1,3 milhão de pessoas, cerca de um terço da população do pais.

A votação foi realizada com o uso de máscaras e álcool em gel pelos eleitores e regras de distanciamento social para minimizar o risco de contágio pela Covid-19.

Segundo a Corte Eleitoral, o comparecimento foi similar ao dos pleitos anteriores, e ficou em 85%. A votação estava marcada inicialmente para 10 de maio, mas foi adiada devido à pandemia.

O país fez uma boa gestão da crise sanitária e registrou menos de 2.000 casos e 47 mortos pela doença, em uma população de 3,4 milhões. Neste domingo, foram escolhidos os governadores dos 19 departamentos (estados) do país, além de prefeitos e vereadores.

A esquerda deve levar também Canelones, segundo estado mais populoso do Uruguai, com mais de 500 mil habitantes, e mais dois departamentos. Já candidatos ligados ao governo do presidente Luis Lacalle Pou, de centro-direita, devem vencer em 13 deles, segundo as projeções.

A coalizão governista vem encontrando dificuldades para se manter unida. O primeiro tropeço foi a saída do governo de um dos líderes do Partido Colorado, Ernesto Talvi, ex-chanceler de Lacalle Pou. Agora, a legenda de ultradireita Cabildo Abierto, de Manini Ríos, vem ganhando influência na aliança.

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