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Ditadura bielorrussa detém mais de 300 manifestantes pró-democracia

Protestos retomaram fôlego após morte de homem que teria sido espancado pela polícia

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Moscou | Reuters

A polícia da Belarus deteve 345 manifestantes neste domingo (22), durante o mais recente dos protestos pró-democracia que acontecem desde a contestada eleição de agosto, de acordo com o Ministério do Interior, responsável pela segurança do país.

Milhares foram às ruas da capital bielorrussa, e a polícia usou bombas de efeito moral para dispersar a multidão, segundo relataram vários meios de comunicação locais.

Bielorrussas protestam contra a ditadura de Aleksandr Lukachenko, em Minsk - AFP

A princípio, o grupo de direitos humanos Vesna-96 havia contabilizado 205 pessoas presas.

Mais tarde, o Ministério do Interior confirmou o número maior de prisões, dizendo que os detidos estavam "perturbando a ordem pública e resistindo aos policiais".

Os oponentes do ditador Aleksandr Lukachenko têm realizado protestos regulares desde agosto e o acusado de fraudar a eleição para se manter no poder —onde está há 26 anos. Ele nega irregularidades no pleito e se recusa a renunciar ao cargo.

Os organizadores da manifestação desta semana pediram às pessoas que se reunissem em dezenas de locais diferentes de Minsk antes de formar grupos maiores, tornando mais difícil para a polícia controlar a multidão.

Os protestos retomaram fôlego após a morte de Roman Bondarenko, aos 31 anos, no início de novembro, depois de a polícia espancá-lo, segundo os manifestantes.

O Ministério do Interior nega a responsabilidade pela morte de Bondarenko. A versão oficial das autoridades bielorrussas é de que o ativista estava bêbado e morreu depois de brigar com outros civis.

Uma das principais lideranças da oposição, Svetlana Tikhanovskaia, pediu, na semana passada, uma investigação internacional sobre o caso. "Como não há direitos nem justiça no nosso país, pedimos ajuda internacional aos países onde prevalecem a democracia e o direito", disse.

Na última quinta-feira (19), ministros das Relações Exteriores dos países-membros da União Europeia concordaram em ampliar as sanções aplicadas à Belarus para incluir empresários, empresas e entidades.
No mesmo dia, especialistas em direitos humanos da ONU se disseram seriamente preocupados com o aumento dos relatos de detenções em massa, intimidação e tortura no país e pediram que o regime investiguem o uso excessivo da força e a retaliação ilegal em protestos pacíficos.

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