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Ricos deixam a Índia de jatinho enquanto país mergulha no caos da Covid

Com hospitais em colapso, famílias reservam voos para Europa e Oriente Médio

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Caixin

A crise crescente na Índia em torno do aumento das infecções por coronavírus está levando famílias ricas a fugirem do país em jatos privados. Com reportagens sobre a falta de leitos e de medicamentos ocupando as redes sociais, os magnatas indianos e outros não tão ricos, mas que temem por sua saúde, estão reservando voos para pontos de fuga na Europa, no Oriente Médio e no oceano Índico.

"Não são só os ultrarricos", disse Rajan Mehra, executivo-chefe da firma de jatos privados Club One Air, em Nova Déli. "Os que podem pagar estão alugando jatos privados." A Índia relatou 352.991 novas infecções por coronavírus na segunda (26), o maior número diário em todo o mundo desde o início da pandemia.

Com a infraestrutura de saúde do país sob intensa pressão, superestrelas de Bollywood foram vistas escapando para destinos que incluem as Ilhas Maldivas, enquanto pelo menos três jogadores australianos de críquete abandonaram a Primeira Liga indiana, o principal torneio do esporte.

Parte do impulso para os ricos voarem para fora do país veio de governos estrangeiros que tomaram medidas para restringir as viagens da Índia enquanto os novos casos de Covid-19 se multiplicam.

Canadá, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido estão entre os países e territórios que impuseram restrições, com outros preparados para anunciar medidas parecidas. As Maldivas vão permitir que indianos visitem apenas algumas ilhas turísticas a partir desta terça (27), o que provocou um acúmulo de partidas na última hora. "Houve um enorme aumento para Londres e Dubai pouco antes da aplicação de restrições, e às Maldivas também, antes que anunciassem a proibição", disse Mehra, que já foi diretor de operações na Índia da Qatar Airways.

Um voo de jatinho só de ida de Nova Déli para Dubai custa até 1,5 milhão de rúpias (R$ 108 mil), incluindo taxas, embora as operadoras também cobrem pelo retorno se o avião estiver vazio, disse Mehra.

Enquanto as taxas privadas já eram altas, o preço das passagens nas companhias aéreas também aumentou, disse o executivo, com viagens de ida na classe econômica para Dubai chegando a US$ 1.300 (R$ 7.000), mais de dez vezes o preço habitual. "Isso mostra como as pessoas estão desesperadas para escapar", disse.

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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