Bolsonaro chama de injustificável o lançamento de foguetes contra Israel
Presidente também enviou condolências às famílias das vítimas
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou sua posição pró-Israel ao comentar os conflitos atuais entre forças israelenses e palestinas, que deixaram ao menos 74 mortos nos últimos dias.
"É absolutamente injustificável o lançamento indiscriminado de foguetes contra o território israelense. A ofensiva provocada por militantes que controlam a Faixa de Gaza e a reação israelense já deixaram mortos e feridos de ambos os lados", escreveu o presidente, em uma rede social, nesta quarta (12).
"Expresso minhas condolências às famílias das vítimas e conclamo pelo fim imediato de todos os ataques contra Israel, manifestando meu apoio aos esforços em andamento para reduzir a tensão em Gaza."
Bolsonaro é aliado do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, que esteve em sua posse em Brasília, em 2019. Na época, o presidente prometeu transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, cidade disputada entre palestinos e israelenses. O gesto seria mostraria que o Brasil considera a cidade como capital de Israel, mas a mudança não foi efetivada após pressão de países árabes.
Entre evangélicos, há a crença de que Jesus Cristo só voltará à Terra se os judeus estiverem fixados em Israel —algo que afirmam acreditar ser reforçado pelo reconhecimento de Jerusalém como capital.
A cidade é crucial para o conflito israelense-palestino. De um lado, Israel reivindica a cidade inteira, incluindo seu setor oriental capturado na guerra de 1967, como sua capital. Os palestinos, do outro, buscam fazer de Jerusalém Oriental a capital de um futuro Estado na Cisjordânia e em Gaza.
No centro dos atuais confrontos estão a liberdade de culto na região de Jerusalém conhecida como Cidade Antiga —que os palestinos dizem estar sendo tolhida— e uma decisão que prevê o despejo de palestinos do bairro de Sheikh Jarrah que, por veredito de um tribunal, devem devolver terrenos a judeus.
O conflito entre Hamas e Israel se agravou nesta quarta (12), com relatos de confrontos nas ruas e novos bombardeios aéreos na Faixa de Gaza, de onde, nos últimos dois dias, o grupo islâmico lançou mais de mil foguetes contra cidades israelenses, incluindo a capital econômica Tel Aviv.
No total, ao menos 74 pessoas morreram desde segunda-feira (10) —67 em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, e 7 em Israel, de acordo com autoridades médicas israelenses.
Nesta quarta, Israel realizou centenas de ataques aéreos em Gaza e disse que a ofensiva matou ao menos 16 líderes de inteligência e membros da ala militar do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza. Do outro lado, os militantes da facção disseram ter disparado ao menos 220 foguetes contra as cidades de Tel Aviv e Berseba durante a noite de terça e a madrugada de quarta.
A espiral de violência acendeu o alerta da comunidade internacional, que tenta apaziguar a situação e impedir que a nova fase do conflito leve a uma guerra aberta entre os dois lados. Por isso, União Europeia, EUA, Reino Unido, Rússia e China pediram nesta quarta-feira calma aos envolvidos e o fim dos ataques.
Não há, porém, um consenso de quais devem ser os próximos passos, porque alguns países —como EUA e Alemanha— são mais próximos dos israelenses, enquanto outros —principalmente nações de maioria muçulmana, como Paquistão e Turquia— apoiam a causa palestina.
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