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Descrição de chapéu terrorismo

Britânico que fez reféns no Texas foi morto enquanto falava com filhos no telefone, diz irmão

Homem pedia libertação de neurocientista paquistanesa presa por terrorismo no estado americano

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São Paulo

O britânico que fez quatro reféns em uma sinagoga no Texas, no sábado (15), foi morto pela polícia enquanto falava ao telefone com os filhos, disse o irmão do autor do atentado ao canal de TV Sky News.

Malik Faisal Akram, 44, invadiu uma sinagoga na cidade de Colleyville durante uma cerimônia que estava sendo transmitida ao vivo pela internet. Ele, que dizia carregar bombas, manteve por cerca de dez horas quatro reféns, entre os quais um rabino, até ser morto depois de a polícia invadir o centro religioso.

O caso foi classificado como terrorismo pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Veículo policial em frente à sinagoga em Colleyville, no Texas, onde britânico fez quatro reféns no sábado - Brandon Bell/Getty Images/AFP

Gulbar Akram, irmão do sequestrador, disse que também falou com ele por telefone durante o atentado e que Malik afirmou que libertaria os judeus caso a neurocientista Aafia Siddiqui fosse levada ao local. "Quero que eles a tragam aqui, e eu libertarei esses caras", teria dito o britânico ao irmão.

Siddiqui, a quem Malik se referia, é uma paquistanesa condenada por terrorismo após atirar em soldados americanos enquanto estava presa no Afeganistão, em 2010, época em que foi acusada de ser colaboradora do grupo terrorista Al Qaeda. Ela cumpre pena de 86 anos em uma prisão federal no Texas.

"Eu estava em choque, minha cabeça ia explodir. Àquela altura sabia que meu irmão não tinha chance", disse Gulbar à Sky News. "Ele estava me dizendo: 'Eu vim para morrer'. Tentei convencê-lo, disse para pensar nos filhos, na mãe, no pai. Mas a cabeça dele estava feita. Ele queria que a soltassem [em referência a Siddiqui]."

Gulbar defendeu o irmão na entrevista, disse que a todo momento sabia que ele não machucaria os reféns e que ele estava mentindo sobre ter uma bomba. O britânico afirmou ainda que Malik tinha problemas mentais e que não poderia ter embarcado em um avião rumo aos Estados Unidos sem que checassem seus antecedentes nem deveria ter sido autorizado a passar pela imigração no país.

Nesta terça (18), Frank Gardner, especialista em segurança da rede britânica BBC, afirmou que Malik já era conhecido do serviço de inteligência do Reino Unido. "Ele foi investigado em 2020 e avaliado como alguém que não representava um risco no momento em que voou para os EUA no Ano-Novo", escreveu.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou, também nesta terça-feira, que as bases de dados do governo americano não indicavam nenhum alerta de que Malik oferecesse risco.

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