EUA executam homem após pena de morte contra vontade de família da vítima
Filhas de mulher assassinada por Joe Nathan James Jr. pediram que ele recebesse prisão perpétua sem liberdade condicional
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O americano Joe Nathan James Jr., 49, sentenciado à pena de morte pelo assassinato de Faith Hall, sua ex-namorada, foi executado no Alabama na noite desta quinta-feira (28) com uma injeção letal. A família da vítima, porém, tentou impedir que isso acontecesse.
As filhas de Hall, que tinham seis e três anos quando a mãe foi assassinada, disseram preferir que James tivesse sido condenado a prisão perpétua sem liberdade condicional. A pena de morte, afirmaram, iria na contramão do perfil da mãe, que privilegiava o perdão.
"Não achamos que a execução seja necessária porque não trará nossa mãe de volta", disse Terrlyn Hall à afiliada da rede CNN WBMA. "Não quero seguir adiante com isso; não somos Deus."
Sua irmã, Toni, afirmou à CBS que "o olho por olho nunca foi uma boa premissa". Helvetius Hall, irmão da vítima, também pressionou publicamente por uma sentença de prisão em vez de morte. Faith foi assassinada em 1994 a tiros. Joe Nathan James Jr. a matou após ela terminar o relacionamento que os dois mantinham.
A defesa de James tentou apelar à Suprema Corte dos EUA para impedir a execução, seguindo os desejos dos familiares. "Vítimas e suas famílias são o mais importante no nosso sistema de Justiça e merecem ser escutadas sobre a pena dos que as violentaram", disse um dos advogados durante uma apelação.
Em nota, o procurador-geral do Alabama, Steve Marshall, afirmou que a justiça foi feita. "Joe James foi sentenciado a morte pelo ato atroz que cometeu há três décadas: o assassinato a sangue frio de uma jovem mãe inocente."
Segundo a CNN, um júri do condado de Jefferson considerou James culpado e o condenou a pena de morte em 1996, mas o Tribunal de Apelações do Alabama revogou a decisão.
Antes do novo julgamento, a defesa de James conseguiu um acordo judicial no qual ele receberia prisão perpétua em troca da confissão da culpa. Ele, porém, recusou o acordo.
Novo julgamento foi realizado três anos depois, em 1999, quando o júri novamente sentenciou o americano a morte. Em 2020, o Tribunal de Apelações dos EUA manteve a condenação e, na terça-feira (26), uma moção para suspender a execução também foi negada.
James é o oitavo preso executado neste ano nos EUA. O estado do Alabama tem atualmente 166 pessoas sentenciadas à morte aguardando a execução.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters