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Multidão lota capital do México em protesto contra reforma eleitoral de AMLO

Manifestantes dizem que projeto aprovado pelo Congresso enfraquece democracia

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Cidade do México | AFP

Milhares de pessoas protestaram no México neste domingo (26) contra a reforma eleitoral que reduz o orçamento e a estrutura do INE (Instituto Nacional Eleitoral), órgão que organiza as eleições e zela por sua lisura. Manifestantes afirmam que o projeto, aprovado pelo Congresso, enfraquece a democracia do país.

Segundo Marko Cortés, presidente do PAN (Partido de Ação Nacional), uma das siglas que puxaram os atos, aproximadamente 500 mil pessoas participaram da manifestação na Cidade do México —autoridades, porém, ainda não divulgaram estimativa de público.

Vestida de branco e rosa, as cores institucionais do órgão eleitoral, a multidão lotou a praça Zócalo, no centro antigo da capital.

Manifestantes protestam contra reforma eleitoral na praça Zócalo, na Cidade do México - Nicolas Asfouri - 26.fev.23/AFP

"A reforma é um retrocesso para a democracia. Este homem [o presidente Andrés Manuel López Obrador] quer controlar as eleições", disse à agência de notícias AFP o advogado Alejandro Rodríguez, 61.

A reforma eleitoral foi aprovada pelo Congresso mexicano na última quarta (22). Críticos dizem que a regra ameaça a independência do INE e é inconstitucional. O projeto representa o avanço mais significativo de López Obrador contra instituições democráticas do país.

O populista de esquerda tem protagonizado uma guinada autoritária nos últimos anos, com medidas controversas como o aumento das funções que podem ser exercidas pelas Forças Armadas e, por outro lado, inação para conter números crescentes de assassinatos de jornalistas.

A aprovação da proposta ocorre ainda às portas das eleições presidenciais do ano que vem. Embora AMLO, como o líder é conhecido, não possa concorrer novamente, críticos a seu governo afirmam que o enfraquecimento do INE em última instância beneficiará o seu partido, o Morena, e seus correligionários.

Na prática, as mudanças que a reforma implementa consistem na demissão de funcionários e no fechamento de escritórios do INE, resultando em uma redução de orçamento que permitiria aliviar os cofres públicos em US$ 150 milhões (R$ 770,6 milhões), de acordo com o governo.

O órgão, cujas funções se assemelham a algumas atribuições do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) brasileiro, também perderá poderes, como os relacionados à punição de políticos por infrações eleitorais.

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