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China eleva gasto militar e reitera 'reunificação pacífica' com Taiwan

Premiê anuncia que orçamento da área crescerá 7,2% neste ano, para US$ 255 bilhões, contra US$ 773 bi dos EUA

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Taipé (Taiwan)

O primeiro-ministro Li Keqiang, na abertura do Congresso Nacional do Povo, evento legislativo anual na China também conhecido como Duas Sessões, anunciou um aumento de 7,2% no orçamento militar do país para este ano. Foi durante a leitura do chamado Relatório sobre o Trabalho do Governo.

É um percentual ligeiramente superior à média histórica dos gastos militares chineses desde os anos 1990, de 6,6%, e o maior desde 2019, antes da pandemia. No ano passado, o acréscimo havia sido de 7,1%.

Com isso, o orçamento militar de 2023 deverá atingir 1,55 trilhão de yuans, equivalentes a US$ 255 bilhões. O orçamento militar dos Estados Unidos para este ano é de US$ 773 bilhões.

O primeiro-ministro Li Kegiang no discurso anual no Grande Salão do Povo, em Pequim, em 5 de março de 2023 - Xinhua/Ju Peng

"Nossas forças devem intensificar o treinamento e a preparação em todos os níveis e desenvolver novas orientações estratégicas", disse Li, citando o centenário do Exército Popular de Libertação, a ser comemorado daqui a quatro anos.

Paralelamente, o orçamento diplomático da China deve crescer 12,2% neste ano, contra um acréscimo de 2,4% no ano passado.

Em relação a Taiwan, um dos focos de tensão com os EUA ao lado do Mar do Sul da China, o premiê adotou retórica semelhante àquela que havia usado no ano anterior, enfatizando a "reunificação pacífica" com a ilha e defendendo mais "interação".

"Devemos promover o desenvolvimento pacífico das relações através do estreito", afirmou, ressalvando que o regime chinês, ao longo do ano passado, enfrentou "resolutamente o separatismo e a interferência" e deve continuar a fazê-lo.

O Conselho de Assuntos do Continente, do governo de Taiwan, reagiu dizendo que Pequim deve "respeitar o compromisso do povo taiwanês com os conceitos centrais de manter a soberania, a democracia e a liberdade da República da China".

Para alcançar "interações saudáveis", acrescentou o órgão, o regime chinês deveria reconhecer que Pequim e Taipé "não são subordinados um ao outro" e lidar com as relações através do estreito de maneira "pragmática e mutuamente respeitosa".

Foi o último pronunciamento de Li Keqiang no cargo, que ele deverá passar para Li Qiang, mais próximo do líder Xi Jinping, ao final das Duas Sessões, no próximo dia 15.

Li dedicou três quartos do relatório aos seus cinco anos como primeiro-ministro e apenas um quarto aos planos para o país em 2023 —o oposto do que havia feito no ano passado. Antes de apresentá-lo, curvou-se longamente diante dos 3.000 delegados no Grande Salão do Povo, onde acontece o congresso.

"Nós vencemos a batalha crítica contra a pobreza e terminamos de construir uma sociedade moderadamente próspera", disse. "Cem milhões de moradores rurais e um total de 832 condados foram retirados da pobreza. Assim, resolvemos de uma vez por todas o problema da pobreza absoluta na China."

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