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Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Folha passa a tratar Hamas como organização terrorista

Extremistas da facção palestina sequestraram e assassinaram centenas de civis durante incursão em Israel

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A Folha passa a designar em seus textos noticiosos o grupo palestino Hamas como uma organização terrorista.

Segundo o Manual da Redação, a palavra terrorista deve ser usada para qualificar quem "pratica violência indiscriminada contra não combatentes a fim de disseminar pânico e intimidar adversários". É o caso dos integrantes do Hamas, que no último sábado (7) iniciaram uma série de ataques contra alvos civis em Israel.

Corpos ficam largados em estrada perto de Sderot, no sul de Israel, após ação de combatentes do Hamas - Ammar Awad/Reuters

Numa ação sem precedentes, os terroristas da facção se infiltraram em território israelense e assassinaram centenas de pessoas. Os extremistas ainda fizeram reféns e sequestraram outras dezenas. As ações foram acompanhadas pelos disparos de milhares de foguetes na Faixa de Gaza, e pelo menos 900 pessoas tinham morrido em solo israelense até a tarde desta segunda.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram cenas de barbárie. Em um deles, um casal de israelenses é sequestrado por homens armados do Hamas num local onde ocorria um festival de música eletrônica. Em outro, uma mulher inconsciente e seminua é agredida por terroristas na traseira de uma caminhonete.

O Hamas já era considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e por boa parte dos países europeus. O grupo, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, prega a destruição de Israel em seu estatuto. A facção foi criada em 1987, após o início da primeira intifada, levante palestino contra forças israelenses.

O Hamas disse que a ofensiva foi motivada pelos "ataques crescentes" de Israel contra os palestinos na Cisjordânia, em Jerusalém e contra os palestinos nas prisões israelenses. O comandante militar do grupo, Mohammad Deif, convocou os palestinos de todo o mundo para lutar. "Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação na Terra", afirmou no sábado.

Em resposta aos ataques do Hamas, Israel declarou guerra contra o Hamas e lançou uma série de ataques contra a Faixa de Gaza. Segundo o governo do premiê Binyamin Netanyahu, as Forças Armadas do país destruíram cerca de 800 alvos na região, incluindo plataformas de lançamento de mísseis usadas pelo grupo.

O pano de fundo das hostilidades é a degradação da relação entre Israel e Palestina nos últimos meses. A Cisjordânia voltou a entrar numa espiral de violência no início do ano, com incursões israelenses promovidas por parte da coalizão de ultradireita que sustenta o governo de Netanyahu e agressões por parte de militantes palestinos.

Antes de a guerra estourar, pelo menos 243 palestinos e 32 israelenses morreram desde o início do ano em eventos relacionados ao conflito, de acordo com uma contagem da agência de notícias AFP.

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