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Por ar-condicionado, Lula ganha sala com seu nome na Guiana

Presidente se reúne com o guianense Irfaan Ali em último compromisso antes de ir à cúpula da Celac

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Georgetown (Guiana)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou uma sala com seu nome na Guiana nesta quinta-feira (29). A breve cerimônia ocorreu no início de reunião bilateral entre o brasileiro e o homólogo da Guiana, Irfaan Ali, no Centro de Conferência Arthur Chang, em Georgetown, capital do país.

Ali afirmou que a sala foi nomeada como lembrança de uma visita que Lula fez a Georgetown em 2010, em seu segundo mandato, quando o presidente da Guiana era o atual vice, Bharrat Jagdeo.

Na ocasião, segundo Ali, o ar-condicionado quebrou, e Lula teria ficado extremamente suado diante do calor. Mesmo assim, afirmou o presidente da Guiana, o brasileiro seguiu com a reunião. "No verdadeiro espírito do Brasil e do presidente Lula de determinação consistente, ele continuou", disse Ali. A imprensa só foi autorizada a participar deste início da reunião.

Lula se reúne com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, na sala que agora leva seu nome no Centro de Conferências Arthur Chang, em Georgetown, capital do país. Ao fundo, um quadro do presidente brasileiro está exposto - Ricardo Stuckert - 29.fev.2024/PR/Divulgação

Lula termina no centro de conferência sua visita a Georgetown. Depois, ainda nesta quinta, decola rumo a São Vicente e Granadinas, no Caribe, para a cúpula de líderes da Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e do Caribe), nesta sexta-feira (1o). Lá, ele deve se reunir com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.

Um dos tópicos abordados pelos dois deve ser a disputa territorial de Essequibo, região que corresponde a dois terços do território da Guiana e que é reivindicada historicamente pela Venezuela. A crise entre os dois países tem sido revivida pelo regime Maduro ao menos desde que enormes reservas de petróleo foram descobertas na costa da região guianesa, em 2015.

O encontro entre Lula e Maduro acontece um mês depois que os chanceleres dos dois países se reuniram em Brasília, com mediação do ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores).

Na ocasião, o encontro entre os representantes de Georgetown e Caracas na capital brasileira durou sete horas. Ao final, o comunicado conjunto divulgado à imprensa dizia que o encontro havia sido um "bom começo", mas não havia declarações diretas sobre Essequibo e nenhum anúncio de medida concreta.

No final do ano passado, Maduro escalou a crise ao realizar um referendo na Venezuela aprovar a incorporação da região como um estado do país. O ditador chegou a divulgar um novo mapa da nação com o Essequibo no território venezuelano.

Sua escalada retórica, no entanto, esteve ali em seu auge. Depois disso, além da reunião dos chanceleres em Brasília, o venezuelano se encontrou com o guianense em São Vicente e Granadinas, em dezembro, e os dois se cumprimentaram. Já em fevereiro, Maduro afirmou que tem "grande respeito" por Ali.

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