Chefe de Direitos Humanos da ONU pede que Venezuela respeite direito de a população protestar
Volker Türk disse estar 'extremamente preocupado' com a tensão no país após as eleições; seis já morreram durante manifestações
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O alto comissário da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse nesta terça-feira (30) que está "extremamente preocupado" com as tensões pós-eleitorais na Venezuela e pediu às autoridades que respeitem o direito de "protestar pacificamente".
"Estou extremamente preocupado com o aumento das tensões na Venezuela", declarou Türk em um comunicado.
"A Venezuela está enfrentando um momento crítico. Incentivo as autoridades a respeitarem os direitos de todos os venezuelanos de se reunirem e protestarem pacificamente e de expressarem suas opiniões livremente e sem medo", acrescentou.
Pelo menos seis pessoas morreram, de acordo com a ONG Foro Penal, e mais de 740 foram presas desde que eclodiram protestos na segunda-feira (29), após a contestada reeleição do ditador Nicolás Maduro.
Türk mencionou que foram registradas manifestações em pelo menos 17 dos 24 estados da Venezuela, incluindo a capital, Caracas, com centenas de pessoas presas, incluindo crianças. "Isso me preocupa profundamente", afirmou.
Ele afirma que está alarmado com relatos sobre o uso desproporcional da força por parte da polícia, além da violência de indivíduos armados que apoiam o governo, conhecidos como coletivos. "Vários manifestantes foram feridos por armas de fogo", disse.
"As pessoas responsáveis por violações dos direitos humanos devem prestar contas", declarou o alto-comissário.
Türk também enfatizou que "as autoridades eleitorais devem realizar seu trabalho de forma independente e sem interferências".
Forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha em direção a pessoas que protestavam contra o resultado da eleição presidencial na noite de segunda-feira, de acordo com nota da ONU.
Muitas delas seguiram a pé, andando por quilômetros, desde as montanhas que cercam Caracas até o palácio presidencial.
Os protestos contestam o anúncio de vitória de Maduro contra o candidato Edmundo González.
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