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Descrição de chapéu Eleições na Venezuela

Chefe de Direitos Humanos da ONU pede que Venezuela respeite direito de a população protestar

Volker Türk disse estar 'extremamente preocupado' com a tensão no país após as eleições; seis já morreram durante manifestações

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Genebra (Suíça) | AFP

O alto comissário da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse nesta terça-feira (30) que está "extremamente preocupado" com as tensões pós-eleitorais na Venezuela e pediu às autoridades que respeitem o direito de "protestar pacificamente".

"Estou extremamente preocupado com o aumento das tensões na Venezuela", declarou Türk em um comunicado.

"A Venezuela está enfrentando um momento crítico. Incentivo as autoridades a respeitarem os direitos de todos os venezuelanos de se reunirem e protestarem pacificamente e de expressarem suas opiniões livremente e sem medo", acrescentou.

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, em evento na Guatemala, em 19 de julho; nesta terça-feira (30), com a escalada de violência após as eleições. ele pediu que a Venezuela respeite o direito de protestar - AFP

Pelo menos seis pessoas morreram, de acordo com a ONG Foro Penal, e mais de 740 foram presas desde que eclodiram protestos na segunda-feira (29), após a contestada reeleição do ditador Nicolás Maduro.

Türk mencionou que foram registradas manifestações em pelo menos 17 dos 24 estados da Venezuela, incluindo a capital, Caracas, com centenas de pessoas presas, incluindo crianças. "Isso me preocupa profundamente", afirmou.

Oponentes do ditador Nicolás Maduro participam de comício, em frente à sede das Nações Unidas, em Caracas - AFP

Ele afirma que está alarmado com relatos sobre o uso desproporcional da força por parte da polícia, além da violência de indivíduos armados que apoiam o governo, conhecidos como coletivos. "Vários manifestantes foram feridos por armas de fogo", disse.

"As pessoas responsáveis por violações dos direitos humanos devem prestar contas", declarou o alto-comissário.

Türk também enfatizou que "as autoridades eleitorais devem realizar seu trabalho de forma independente e sem interferências".

Forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha em direção a pessoas que protestavam contra o resultado da eleição presidencial na noite de segunda-feira, de acordo com nota da ONU.

Muitas delas seguiram a pé, andando por quilômetros, desde as montanhas que cercam Caracas até o palácio presidencial.

Os protestos contestam o anúncio de vitória de Maduro contra o candidato Edmundo González.

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