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Putin recebe líder palestino e diz que Moscou está triste com conflito em Gaza

Presidente russo afirma estar acompanhando 'com grande dor e ansiedade' a catástrofe humanitária na região

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Moscou | Reuters

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu nesta terça-feira (13) o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e disse que Moscou está entristecida com a guerra que devasta a Faixa de Gaza e com a situação dos civis no território.

Vladimir Putin se encontra com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Novo-Ogaryovo, nos arredores de Moscou, na Rússia - Pool/AFP

Putin também manifestou apoio à criação de um Estado palestino. O presidente disse que acompanha de perto os eventos no Oriente Médio apesar das demandas de seu país com a Guerra na Ucrânia.

Ele não mencionou, porém, a incursão ucraniana na Rússia, que começou há uma semana —a ofensiva pegou de surpresa o Exército russo e forçou mais de 130 mil pessoas a fugir de suas casas.

"Todos estão bem cientes de que a Rússia hoje, infelizmente, deve defender seus interesses e seu povo com armas na mão. Mas o que está acontecendo no Oriente Médio e na Palestina não passa despercebido de nossa parte", disse o presidente russo, de acordo com nota divulgada pelo Kremlin.

"E é claro que estamos assistindo com grande dor e ansiedade a catástrofe humanitária que se desenrola na Palestina", acrescentou.

Putin mencionou o número de quase 40 mil palestinos mortos durante a guerra na Faixa de Gaza desde que o grupo terrorista Hamas atacou Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 250.

A Rússia tem laços de longa data tanto com Israel quanto com os palestinos. Mas desde o início da guerra, Moscou tem desagradado os israelenses ao receber delegações do Hamas. Putin tem enfatizado a situação dos palestinos dizendo que o sofrimento de suas crianças "faz lágrimas virem aos olhos".

O líder veterano Abbas, 88, afirmou que a Rússia era "um dos amigos mais queridos" do povo palestino. "Acreditamos em você, confiamos em você e sentimos seu apoio", disse Abbas a Putin.

O palestino disse que o Conselho de Segurança das Nações Unidas —no qual a Rússia é uma das cinco potências com direito a veto— deve agir para "parar as ações que Israel está tomando", depois que juízes do principal tribunal da ONU disseram em parecer, no mês passado, que a ocupação de territórios palestinos por Israel e a manutenção de assentamentos israelenses são ilegais.

Moscou tem buscado se apresentar como pacificador no Oriente Médio e atribui os conflitos da região a falhas de longa data na política externa dos EUA. Mas Putin, nas declarações publicadas no site do Kremlin, não apresentou nenhuma nova iniciativa além de reafirmar seu apoio à criação de um Estado palestino e ao compromisso do país em fornecer ajuda humanitária.

A Rússia também fortaleceu laços com o Irã desde o início da guerra na Ucrânia. Nos últimos dias, instou Teerã a exercer contenção e evitar vítimas civis israelenses em resposta ao assassinato de um líder do Hamas em Teerã no mês passado, segundo autoridades iranianas disseram à agência de notícias Reuters.

A ANP foi criada para governar a Cisjordânia por um período curto. Após os Acordos de Oslo de 1993, houve a expectativa de que o território se tornasse um Estado independente, o que não ocorreu.

As autoridades palestinas não fazem eleições presidenciais há quase 20 anos. Abbas, eleito em 2005 para um mandato de quatro anos, continua no poder.

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