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O tamanho da pandemia

OMS apresenta noção aterradora de subnotificação e efeitos indiretos da Covid-19

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Sepulturas no cemitério Vila Formosa, em São Paulo - Mathilde Missioneiro - 24.set.20/Folhapress

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Um estudo publicado nesta quinta-feira (5) pela Organização Mundial da Saúde procura fornecer um retrato mais fiel —e estarrecedor— da tragédia provocada pela pandemia de Covid-19 no mundo.

Segundo o órgão da ONU, cerca de 15 milhões de pessoas morreram, direta ou indiretamente, em razão da doença nos anos de 2020 e 2021. Trata-se de quase o triplo dos números oficiais (5,4 milhões), o que dá uma ideia da subnotificação na maior parte dos países.

Para chegar a esse dado, a OMS utilizou uma métrica conhecida como excesso de mortalidade, isto é, a diferença entre a quantidade de mortes durante a pandemia e a que deveria ocorrer em circunstâncias normais, considerados o padrão dos anos anteriores.

Embora a maior parte desses óbitos tenha sido causado diretamente pela Covid, os cálculos incluem também pessoas que morreram devido a complicações provocadas pela doença ou porque possuíam outras enfermidades, mas não puderam receber o tratamento adequado devido à sobrecarga dos sistemas de saúde.

Para oferecer o quadro mais acurado possível, o esforço estatístico considerou ainda as mortes esperadas que deixaram de ocorrer por causa das restrições da pandemia, como redução de acidentes de trânsito e o isolamento que impediu mortes por gripe e outras doenças infecciosas.

Quase um terço de todos esses óbitos (4,7 milhões) se deu na Índia, o que faz do país o líder, em números absolutos, do ranking da subnotificação. No fim do ano passado, o cômputo fornecido pelo governo indiano era de pouco mais de 480 mil casos fatais.

Proporcionalmente, contudo, a diferença mais expressiva entre o excesso de mortalidade e as estatísticas oficiais ocorreu no Egito —quase 12 vezes o contabilizado pelas autoridades.

No Brasil, o estudo da OMS aponta uma diferença de 74 mil óbitos ante as cifras oficiais (620 mil no final de 2021), perfazendo a marca de quase 700 mil mortes.

Não resta dúvida de que o resultado poderia ser diferente se não fosse a trágica gestão de Jair Bolsonaro (PL), cujo governo empenhou-se em sabotar todas as formas de prevenção da doença.

A realidade estimada pela OMS traz, para cada país, ensinamentos que deveriam ser absorvidos para as crises que virão no futuro.

editoriais@grupofolha.com.br

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