Siga a folha

Descrição de chapéu
O que a Folha pensa

Ameaças eleitorais

Tensão política leva PF a adotar plano para proteger os candidatos a presidente

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Jair Bolsonaro durante ato da campanha de 2018 no qual foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG) - Raysa Leite - 6.set.18/Folhapress

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

A campanha eleitoral nem começou, mas o cenário de tensão política já provoca notícias incômodas acerca do pleito de outubro.

Na terça-feira (31), a Polícia Federal apresentou um esquema de proteção inédito para os candidatos à Presidência da República. Entre outros pontos, planeja-se criar um grupo de inteligência e definir uma metodologia para identificar riscos a cada um dos postulantes.

Reportagem desta Folha mostrou como a preocupação com a segurança tem levado o PT a adaptar as agendas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma semana antes, soube-se que uma palestra a ser realizada em Bento Gonçalves (RS) foi cancelada porque, após pressão de bolsonaristas, a organização do evento passou a temer pela segurança do conferencista —ninguém menos que Luiz Fux, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).

O pano de fundo comum aos episódios é a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois, segundo o mais recente Datafolha, mantêm folgada distância dos demais competidores.

Sozinha, contudo, essa variável não explica muito. Diversas disputas presidenciais entre o PT e o PSDB começaram e terminaram sem que o nível de preocupação com a truculência de manifestantes chegasse aos patamares atuais.

O que mudou? Para a PF, ao menos dois elementos são novos: o histórico do pleito de 2018, quando Bolsonaro levou uma facada, e a ampla disseminação das redes sociais, que não só ampliam os canais de mobilização como estimulam um clima de hostilidade.

A agressividade que o próprio presidente da República alimenta contra instituições poderia ser acrescentada a essa equação.

Não se pode menosprezar o retrocesso representado por esse clima de violência. Ele ameaça uma grande qualidade da democracia, que é permitir disputas pelo poder e resolvê-las de forma pacífica.

Se há uma boa notícia nesse quadro é que a PF se mostra disposta a agir. Espera-se que ela e todas as forças de segurança cumpram o compromisso constitucional de preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, mantendo-se distantes das paixões políticas.

editoriais@grupofolha.com.br

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas