Ação e reação
Pesquisa Datafolha aponta, pela segunda vez, amplo repúdio à violência política
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Se ainda havia alguma dúvida sobre qual seria a opinião dos brasileiros a respeito do ataque da turba golpista na capital do país, a pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira (11) encerrou o assunto.
O levantamento mostra que 93% da população com mais de 16 anos condena o espetáculo bárbaro de invasão e depredação das instalações de Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.
Note-se que, em dezembro, outra sondagem do instituto já havia revelado que uma expressiva maioria de 75% repudiava os protestos antidemocráticos organizados por grupos bolsonaristas para contestar a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.
Nos dois casos, naturalmente com mais peso no deplorável episódio de domingo (8), a parcela dos que rechaçam as manifestações dos extremistas ultrapassa em muito os 51% que elegeram Lula.
Apesar de Jair Bolsonaro (PL) ter se ausentado do país e adotado uma estratégia ambígua para evitar incitações explícitas aos atos de violência, a maioria entende que ele estava, em alguma medida, envolvido no ataque. Para 38%, o ex-presidente tem muita responsabilidade e, para 17%, um pouco de responsabilidade pelo ocorrido.
Sobre a proteção do patrimônio e a defesa da ordem pública, 63% consideram que as forças de segurança do Distrito Federal fizeram menos do que deveriam e 61% dizem o mesmo sobre o governador (ora afastado) Ibaneis Rocha (MDB). O governo Lula também teve atuação aquém do esperado para 37% dos entrevistados.
Para 82%, Lula acertou ao decretar intervenção na área de segurança do Distrito Federal, enquanto 60% apoiam o afastamento do governador determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Também é majoritário o entendimento de que, em maior ou menor extensão, os vândalos devem ser punidos com prisão.
No geral, a pesquisa constata a sensata rejeição à violência política, o respeito ao resultado das urnas e às regras da democracia.
Ademais confirma-se a avaliação de que as reiteradas tentativas de Bolsonaro de desacreditar o processo eleitoral para insuflar uma quebra da ordem institucional revelaram-se um tiro no pé —com repúdio da opinião pública, fortalecimento do STF e do governo Lula.
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