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Polícia mais letal

Sob Tarcísio, mortes por PMs quase dobram em 2024 e voltam a patamar inaceitável

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Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo - Danilo Verpa/Folhapress

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O estado de São Paulo precisa retomar os avanços que haviam sido conquistados na contenção da letalidade policial. Sob o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), as taxas voltaram aos altos patamares anteriores à implementação das câmeras corporais, em 2021.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 301 pessoas foram mortas por PMs em serviço no primeiro semestre de 2024, o que representa aumento de 94% em relação ao mesmo período do ano passado. O número de mortos por policiais civis e agentes de folga subiu 68%, de 221 para 373.

O fenômeno não se concentra no interior. Na capital paulista, a expansão foi ainda maior, de 98,5%.

Dado que a elevação da letalidade se deve principalmente, como se vê, a ações em serviço, os comandos da Polícia Militar e da gestão estadual têm o dever de prevenir e punir tais comportamentos.

De acordo com o governo Tarcísio, trata-se de mera consequência da reação violenta dos criminosos a um incremento do trabalho das forças de segurança. No entanto tal argumento não se sustenta, pois São Paulo já conseguiu combinar diminuição da letalidade policial e combate ao crime.

O que os dados evidenciam é uma política linha-dura, que não desencoraja excessos e abusos. As câmeras corporais não são panaceia. Sinal disso é que, na capital, onde em tese todos os batalhões utilizam a tecnologia, a letalidade é maior do que a do estado.

Os equipamentos, somente, não geram redução de mortes se não integrarem um programa contínuo, com capacitação técnica dos agentes, acompanhado da punição rigorosa dos responsáveis.

Mas, após operações que deixaram o saldo sangrento de ao menos 93 mortos na Baixada Santista nos últimos 12 meses, o governo repete a truculência em outra região que já foi palco de abusos.

Reportagem da Folha revelou imagens em que agentes agridem moradores, inclusive mulheres, em Paraisópolis, na zona sul da capital.

Permitir a violência policial, explícita ou implicitamente, infringe direitos humanos e não produz nenhum ganho efetivo em segurança para os contribuintes paulistas.

editoriais@grupofolha.com.br

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