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Descrição de chapéu Apple

iPod era solução para ouvir música sem distrações, dizem leitores

Aparelho mudou a indústria musical e tinha portabilidade a seu favor

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São Paulo

Na segunda semana de maio, a Apple anunciou que não produzirá mais o iPod Touch, modelo lançado em 2007 na esteira dos iPhones, smartphones da marca que surgiam com tela touch.

O iPod foi lançado em 2001 na linha conhecida hoje como Classic. O aparelho revolucionou a forma do mundo consumir música.

À Folha, leitores dizem que o modelo foi pioneiro, começando pela portabilidade. Samuel Costa Neto, 58, diz que o tamanho do dispositivo está entre as vantagens de sua utilização ainda hoje. "O celular ainda é um trambolho", diz o empresário de Belo Horizonte (MG), que comprou seu último iPod em 2015.

Adeus, iPod Touch - Divulgação

No início dos anos 2000, a possibilidade de fazer o download de músicas e carregá-las, no bolso, para qualquer lugar apresentava uma alternativa revolucionária. Tomaz Carvalho Meira, 28, conta que essa característica fez toda a diferença em sua experiência. Professor de música, ele ganhou seu aparelho quando estava se graduando na área.

"Apenas com o iPod e fones de ouvidos profissionais fui capaz de ouvir bem todos os instrumentos em diversos discos. Sinto falta, pois era um dispositivo único para ouvir música, sem as distrações de um smartphone", explica. Morador de Recife (PE), Tomaz diz que, sem o iPod em mãos, sente-se menos seguro para ouvir música ao sair na rua.

Além da portabilidade, a qualidade do produto também se destaca entre os adeptos da tecnologia. Larissa Oliveira, 26, conta que seu iPod a acompanhou em momentos como o seu primeiro dia na escola e no início de seu novo emprego.

Já são 11 anos ao lado do iPod –e segue contando. "Não há aparelho melhor: ele nunca quebrou ou faltou comigo. Acredito que ainda dure mais uma década", afirma a professora de inglês, que mora no Rio de Janeiro (RJ).

Para ela, apesar das limitações, como a impossibilidade de inserir um chip, o iPod tem seu apelo e seu público, e ainda pode ser uma solução para ouvir músicas sem depender do celular –embora sem a facilidade que os streamings de música atualmente oferecem.

Já Otto Mozzer, 54, diz que a versão que comprou em 2012 está sem uso há dois anos. "Não vou sentir falta nenhuma", conta. O engenheiro de Montes Claros (MG) afirma que uma das vantagens de ter o aparelho, que o acompanhou durante viagens, foi a eliminação da mídia física e a praticidade que isso gerou.

Além dele, outros adeptos do iPod já não sentiam mais sua falta, o que ajuda a explicar a decisão da Apple.

O geólogo de Palmas (TO), Rodrigo Meireles, 44, diz que o iPod foi ‘’o fetiche jovem que trazia de brinde a aura de descolado e moderno’’. Após namorar o modelo repetidamente em revistas e sites, ele comprou o seu.

Apesar de ter vivido viagens intermináveis de ônibus pelo interior de Mato Grosso, Goiás e Tocantins, além de muitos momentos de contemplação ao seu lado, o geólogo não vê mais sentido na existência do dispositivo. "Não há nada nele que um celular mediano não ofereça", diz.

Não há nada nele que um celular mediano não ofereça

Rodrigo Meirelles, geólogo, 44

Palmas (TO)

A médica Olímpia Leal de Oliveira, 64, de Belo Horizonte (MG), não usa mais o seu, mas diz que irá guardá-lo para o futuro.

O aparelho que revolucionou a tecnologia aposenta-se e entra agora nos baús de recordação.

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