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iPhone e serviços puxam vendas da Apple, que tem resultado acima do esperado

Ações da companhia, líder de valor de mercado, subiam 2,3% nas negociações pós-pregão

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Paresh Dave Nivedita Balu
Oakland e Bengaluru | Reuters

A Apple divulgou nesta quinta-feira (28) recorde de vendas e lucro para um segundo trimestre fiscal, acima das estimativas de Wall Street, à medida que a empresa administrou o cenário de escassez de componentes eletrônicos e os consumidores compraram novos iPhones.

As vendas aumentaram 19% nas Américas e cerca de um dígito na Europa e na China, afirmou a empresa.

As ações da Apple subiam 2,3% nas negociações pós-pregão.

Loja Apple Store na Quinta Avenida, em Manhattan, EUA - Carlo Allegri/Reuters

A Apple, que é a maior empresa do mundo em valor de mercado, pretende manter a alta demanda pelo iPhone e outros produtos enquanto eleva as vendas de serviços, incluindo assinaturas de música e vídeo.

Os últimos resultados mostram a companhia avançando em ambos os objetivos, já que bateu as expectativas de vendas para todas as unidades, com exceção de acessórios.

O vice-presidente financeiro da Apple, Luca Maestri, citou "forte demanda contínua por nossos produtos" e um recorde de vendas de serviços.

A receita da Apple no trimestre encerrado em 26 de março foi de US$ 97,3 bilhões (R$ 487,5 bilhões), um aumento de 8,6% em relação ao ano passado e superior à estimativa média dos analistas de US$ 93,89 bilhões (R$ 470,42 bilhões), segundo dados da Refinitiv.

A receita trimestral mundial com vendas de celulares foi de US$ 50,6 bilhões (R$ 253,5 bilhões), um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior, e acima da estimativa média de US$ 47,88 bilhões (R$ 239,89 bilhões). O negócio de serviços, o segundo maior segmento da Apple depois dos iPhones, viu as vendas subirem 17%, para US$ 19,8 bilhões (R$ 99,2 bilhões), contra projeção média de US$ 19,71 bilhões (R$ 98,75 bilhões).

O lucro da Apple no trimestre foi de US$ 25 bilhões (R$ 122 bilhões), ou US$ 1,52 por ação, e superou as expectativas dos analistas de US$ 23,2 bilhões (R$ 116,2 ​bilhões), ou US$ 1,43 por papel.

A Apple também anunciou um aumento de 5% em seus dividendos e a aprovação do conselho de administração para recomprar US$ 90 bilhões (R$ 451 bilhões) adicionais em ações. Maestri disse em entrevista que a guerra na Ucrânia afetou a receita diante da retirada da Apple da Rússia, mas recusou-se a especificar um valor. Ele disse que o impacto nas vendas seria maior no trimestre atual.

Questionado sobre o aumento da inflação, Maestri afirmou que a demanda, principalmente por iPhones, foi maior do que a empresa esperava no início do trimestre. A inflação estava afetando as despesas, disse ele.

O executivo citou que os serviços de loja de aplicativos, música, nuvem e Apple Care estabeleceram recordes de receita.

A Apple disse que as vendas do iPad caíram 2%, para US$ 7,65 bilhões (R$ 38,32 bilhões), devido às restrições na cadeia de suprimentos. Os números ainda assim vieram acima da estimativa média dos analistas de US$ 7,14 bilhões (R$ 35,77 bilhões).

A receita de computadores Mac, que também enfrenta problemas na cadeia de suprimentos, aumentou 14,7%, para US$ 10,4 bilhões (R$ 52,1 bilhões), em comparação com expectativa US$ 9,25 bilhões (R$ 46,35 bilhões).

Já a receita com acessórios incluindo com caixas de som e relógios subiu 18%, para US$ 8,8 bilhões (R$ 44,09 bilhões), abaixo das estimativas de US$ 9,05 bilhões (R$ 45,34 bilhões).

A Apple disse que agora tem 825 milhões de assinantes pagantes em sete serviços, um aumento de 40 milhões em relação aos 785 milhões do último trimestre. O crescimento ocorre enquanto rivais como a Netflix relatam perdas de usuários.

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