O engajamento evangélico na campanha de Jair Bolsonaro (PL) ajudou o atual presidente a conquistar uma vantagem confortável sobre Lula (PT) nesse segmento. Ao mesmo tempo, a tensão política tem gerado uma série de atritos nas igrejas.

Parte dos confrontos envolve as próprias lideranças religiosas. Pastores que não se alinham a Bolsonaro têm sofrido represálias que vão do afastamento de cargos de comando à suspensão de verbas para projetos.

Os atritos entre esses líderes também se refletem no dia a dia dos fiéis. No fim de agosto, um homem foi baleado por um PM numa igreja de Goiânia –semanas antes, o irmão da vítima tinha se envolvido em uma discussão com o pastor, ao protestar contra falas políticas dentro do templo.

Além disso, alguns fiéis têm sofrido tentativas de intimidação e vivido situações de constrangimento por suas escolhas políticas, o que os leva a se afastar de comunidades ou trocar de igreja.

No episódio desta terça-feira (27), o Café da Manhã entrevista pastores, fiéis e especialistas sobre o cenário de cisões dentro do meio evangélico na corrida eleitoral. O podcast conta as punições a lideranças religiosas por motivos políticos, discute a reação de fiéis a esse fenômeno e analisa o impacto desses conflitos para as igrejas.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Maurício Meireles e Bruno Boghossian, com produção de Jéssica Maes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.