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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Pastor que apoia Lula é atacado por líderes evangélicos e deixa cargo em igreja

Livros de Sergio Dusilek chegaram a ser queimados depois que ele criticou Jair Bolsonaro e disse que igreja deveria pedir 'perdão' ao petista

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O pastor Sergio Dusilek, do Rio de Janeiro, vai renunciar à presidência da Convenção Batista Carioca. Ele tomou a decisão depois de sofrer ataques de outras lideranças evangélicas, que o criticaram por ter participado de um ato de apoio à campanha de Lula (PT) para a Presidência da República. Livros de sua autoria chegaram a ser queimados por outros religiosos.

Veja, abaixo, o vídeo:

PRESSÃO MÁXIMA

O ato, na sexta (9), foi organizado pela coordenação dos evangélicos do PT. Ao discursar, Dusilek afirmou que "este país não aguenta mais quatro anos com esse presidente nefasto que aí está [Jair Bolsonaro]". Afirmou ainda, dirigindo-se a Lula, que "o melhor tempo para a igreja brasileira que essa terra já viu foi no tempo de seu governo". E disse que "a Igreja Evangélica tem que pedir perdão ao senhor".

PRESSÃO 2

A reação às falas de Dusilek foi imediata: a Convenção Batista Brasileira e algumas estaduais emitiram notas contra o pastor, e outros religiosos começaram a pressionar para que ele fosse destituído e até mesmo expulso da Convenção Batista Carioca.

PRESSÃO 3

"Estou sofrendo ataques e sendo alvo de uma política de cancelamento", diz ele. "Decidi renunciar para não prejudicar os trabalhos da convenção", segue.

Livros de Sergio Dusilek foram queimados e jogados ao lixo após pastor ser atacado por participar de evento em apoio ao ex-presidente Lula - Arquivo Pessoal

ALVO

Nem mesmo os pais do religioso –o pastor Darci Dusilek, que presidiu a Convenção Batista Brasileira, e Nancy Dusilek, que foi vice-presidente da organização– foram poupados nos ataques.

COMO JESUS

Sergio Dusilek diz que nunca foi eleitor de carteirinha do PT –ele diz ter votado em Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin contra Lula nas campanhas presidenciais de 1989, 1994 e 2006. Mas afirma que que aprendeu "como Jesus de Nazaré" a jamais "demonizar uma pessoa", como outros líderes evangélicos alinhados a Jair Bolsonaro estão fazendo.

ELES PODEM

Nota ainda que esses religiosos estão apoiando a reeleição do atual presidente sem sofrer qualquer retaliação.

AVESSO

Lula tem sido alvo de ataques de pastores que estão integrados à campanha de Bolsonaro. Entre outras fake news, eles dizem que o ex-presidente vai fechar igrejas caso seja eleito. Quando exerceu o cargo, no entanto, o petista assinou a lei da liberdade religiosa e criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus.


PALCO

O ator Fulvio Stefanini compareceu à estreia da peça "Gaslight: Uma Relação Tóxica", realizada no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, na segunda-feira (12). A atriz Kéfera Buchmann integra o elenco do espetáculo, que tem tradução e adaptação assinadas por Jô Soares e Matinas Suzuki Júnior.

TERCEIRO SINAL

E na segunda-feira ocorreu na capital paulista a estreia para convidados do musical "Ney Matogrosso: Homem com H", dirigido por Fernanda Chamma e Marilia Toledo. O jornalista e apresentador Pedro Bial e a atriz Martha Nowill compareceram. Na peça, Ney é interpretado pelo ator Renan Mattos.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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